Uma em cada três PME portuguesas aponta como principal risco a falta de procura

  • Lusa
  • 24 Novembro 2016

Além da falta de procura, o elevado nível de concorrência em termos de preços é também uma preocupação para a estas empresas.

Uma em cada três PME portuguesas identifica como principais riscos para o seu negócio a falta de procura e o excesso de “stocks”, segundo o estudo “Zurich PME: Riscos e Oportunidades.

A falta de procura é o risco que mais preocupa também as pequenas e médias empresas (PME) espanholas (42%), suíças (39%), austríacas (38%) e italianas (36%), refere o documento.

No estudo, conduzido pela GFK junto de PME de oito países (Portugal, Áustria, Alemanha, Irlanda, Itália, Espanha, Suíça e Turquia), foram ouvidas 200 empresas portuguesas representativas, que empregam até 250 trabalhadores a tempo inteiro, através de entrevistas telefónicas a presidentes-executivos, diretores-gerais, diretores financeiros e diretores de operações.

O elevado nível de concorrência ou os preços sujeitos a ‘dumping’, uma prática desleal no comércio internacional, com impacto negativo nas margens de venda, constituem a segunda maior preocupação dos empresários portugueses, embora se tenha registado uma descida de 6% nos últimos quatro anos (2016/2013).

De acordo com o documento, ainda na análise dos riscos, os empresários portugueses mostram-se cada vez mais preocupados com danos na reputação (17%) e também com a ocorrência de incêndios (8%).

A nível mundial, entre os riscos que mais cresceram para o negócio das PME destacam-se o cibercrime na Europa, os danos no transporte nos Estados Unidos, o dano na reputação na Ásia-Pacífico e as catástrofes naturais na América Latina.

Segundo o diretor de Marketing e Comunicação da Zurich Portugal, Artur Lucas, o estudo, além de possibilitar a recolha de informação, permite sensibilizar os empresários para “a importância da gestão de risco, uma vez que a existência de um planeamento adequado possibilita identificar os principais riscos e formas de mitigá-los”.

Quanto às oportunidades de negócio, 41,5% das PME portuguesas “considera crucial a redução de custos e despesas”, o que corresponde a um aumento de 9% nos últimos quatro anos.

A aposta em novos segmentos de clientes também foi enumerada como “uma importante oportunidade” por mais de um terço (36%) dos empresários portugueses.

Por outro lado, a necessidade de condições de crédito atrativas aumentou 8% entre as PME portuguesas nos últimos quatro anos.

O estudo mostra ainda que cerca de 5,5% das PME portuguesas estão “ainda mais pessimistas” uma vez que não detetam oportunidades a breve prazo.

A expansão para os mercados internacionais como oportunidade de negócio, por sua vez, desceu de 16% para 11% nos últimos quatro anos.

Questionados sobre a possibilidade de crescimento do negócio por via da aquisição de concorrentes, apenas 5,5% das PME portuguesas considerou este fator como uma oportunidade.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Uma em cada três PME portuguesas aponta como principal risco a falta de procura

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião