PS envia auditoria sobre alegado desvio de fundos no Parlamento Europeu para o DIAP de Lisboa
A auditoria sobre o alegado desvio de fundos de 20 mil euros do Parlamento Europeu (PE) foi enviada pelo PS para a Justiça e para o líder da instituição europeia.
A Delegação do Partido Socialista (PS) enviou para o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa a auditoria sobre o alegado desvio de fundos no Parlamento Europeu (PE), de acordo com a notícia avançada pelo Observador. A decisão da delegação socialista passou por não divulgar à comunicação social as conclusões da auditoria feita pela empresa RSM, mas sim “às entidades competentes”.
“A auditoria já foi concluída. A Delegação do PS no Parlamento Europeu deliberou enviar uma cópia da auditoria para a Presidência do Parlamento Europeu e para o DIAP de Lisboa“, afirmou uma fonte oficial da delegação do PS, citado pelo Observador. “Cabe a essas entidades [Presidência do Parlamento Europeu e DIAP de Lisboa] avaliar a necessidade de divulgação”.
A mesma fonte confirmou ainda que Carlos Zorrinho já foi ouvido “na qualidade de testemunha” pelo DIAP de Lisboa, no âmbito da investigação iniciada em fevereiro do ano passado, depois de uma denúncia anónima na Procuradoria-Geral da República, que apontou ainda o dedo a dois assessores da delegação do PS.
Quando questionada sobre se esse envio esteve relacionado com a descoberta de indícios de ilícitos criminais, a mesma fonte respondeu: “A delegação do PS teve conhecimento de que existe um processo de investigação em curso no DIAP [de Lisboa] e decidiu enviar a auditoria no espírito de total cooperação com as autoridades judiciárias“.
José Alberto Alves Pereira, assessor da Delegação Portuguesa do Grupo Aliança Progressista dos Socialistas & Democratas (S&D) é suspeito de, alegadamente, ter desviado, pelo menos, 20 mil euros em dinheiro vivo em processos relacionados com 12 visitas ao PE por 278 eleitores portugueses, diz o Observador. Alves Pereira é o principal suspeito no inquérito criminal aberto no DIAP de Lisboa.
A investigação do Observador conclui que Alves Pereira terá falsificado documentos originais do PE, do Grupo S&D e da própria agência de viagens que trabalha com o PS em Bruxelas, através de um sistema básico de recortar e colar diferentes números relativos aos custos das viagens de avião e dos hotéis.
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