Klaus Regling vê “fatores de risco”, mas afasta recessão
o presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade reconhece alguns "fatores de risco" no cenário económico global, mas afasta um cenário de recessão. Há emprego e os juros estão baixos, recorda.
Numa altura em que os investidores mostram-se receosos perante a possibilidade de uma inversão no ciclo de crescimento da economia mundial, Klaus Regling não vê motivos para grande alarme: “Não há razão para esperar que isto afunde e acabe numa recessão”, disse o presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade, em entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago).
“Muitos países, incluindo Portugal, continuam a criar emprego e os salários estão a subir. Há mais pessoas empregadas e que ganham um pouco mais e isso deve estabilizar o consumo e a procura doméstica. O investimento também deverá aumentar porque há constrangimentos de capacidade em muitos países. E a rendibilidade do setor empresarial como um todo é relativamente boa”, disse Regling ao jornal português.
Além disso, o líder do Mecanismo Europeu de Estabilidade lembra que “as taxas de juros estão baixas” e que, “pela primeira vez em dez anos, a Zona Euro terá uma expansão moderada”. “É um ambiente em que é muito difícil ver uma recessão”, garantiu.
O economista reconhece, apesar de tudo, que os Estados Unidos têm mais margem para reagir a uma crise do que o Banco Central Europeu, mas reitera a confiança na solidez da economia.
Ainda assim, vê alguns “fatores de risco” no horizonte. É o caso das tensões comerciais sino-americanas, o abrandamento da economia chinesa e o processo de saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit).
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