CGD conta com FEI para disponibilizar empréstimos baratos à cultura e indústria criativa

Caixa e Fundo Europeu de Investimento assinaram protocolo que permite que pequenas e médias empresas culturais e da indústria criativa se financiem até dois milhões de euros a custos reduzidos.

Há uma nova ferramenta de apoio financeiro a projetos culturais e à indústria criativa em Portugal. Caixa Geral de Depósitos (CGD) e Fundo Europeu de Investimento (FEI) assinaram esta sexta-feira um protocolo que permite que pequenas e médias empresas (PME) deste setor se financiem até dois milhões de euros junto do banco público a taxas mais atrativas em função da garantia europeia por detrás destes financiamentos. No total, há 25 milhões de euros para distribuir pelas empresas portuguesas.

A garantia do FEI vai cobrir 70% do valor em dívida, razão pela qual a CGD poderá disponibilizar, através do produto Caixa Invest Cultura Criativa, empréstimos a um custo mais reduzido para os projetos na área cultural e criativa.

“A grande vantagem é que o custo do financiamento para estes empreendedores é mais baixo do que se fosse um financiamento comum. O impacto no custo é substancial porque o consumo de capital, que é o item mais pesado no crédito de um banco, está coberto em 70%”, revelou o administrador do banco José João Guilherme, na cerimónia de assinatura do protocolo entre a CGD e FEI, e que contou com a presença de Paulo Macedo (CGD), Pier Luigi Gilibert (FEI), Graça Fonseca (ministra da Cultura) e Sofia Colares Alves (representante em Portugal da Comissão Europeia).

Da esquerda para a direita: ofia Colares Alves (representante em Portugal da Comissão Europeia), Graça Fonseca (ministra da Cultura), Paulo Macedo (CGD), Pier Luigi Gilibert (FEI) e José João Guilherme (CGD).DR

A CGD é o primeiro banco português a financiar projetos culturais e da indústria criativa e cujo protocolo com o FEI poderá ser “uma âncora financeira” para ajudar os empreendedores a terem negócios sustentáveis, afirmou a ministra da Cultura, alegando que esta ferramenta “pode funcionar como um complemento do financiamento público”. “Muitas vezes, os projetos precisam de uma primeira antecipação para serem iniciados ou de um complemento ao financiamento público que já têm”, disse Graça Fonseca, sublinhando que este apoio poderá ajudar a “concretizar o potencial que tem a área cultural e criativa”, especialmente em projetos com maior impacto regional.

Sofia Colares Alves frisou que este “apoio pode ser concedido para atividades muito diversas na cultura, incluindo projetos de produção de conteúdos para a comunicação social, um setor que é tão relevante no garante da nossa democracia”.

Este acordo entre CGD e FEI beneficia do apoio do Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos, que consta no designado Plano Juncker, o Plano de Investimento para a Europa.

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