Situação das transportadoras rodoviárias mantém-se até normalização, diz ANTROP

  • Lusa
  • 18 Abril 2019

"Para já, os constrangimentos que têm vindo a ser anunciados mantêm-se, porque se não tínhamos gasóleo, agora não temos na mesma", disse o presidente da ANTROP, Luís Cabaço Martins.

Os constrangimentos ao funcionamento das empresas de transporte rodoviário vão manter-se até à normalização da reposição do combustível, apesar do anunciado fim da greve dos motoristas, alertou a Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros (ANTROP).

“Espera-se que o abastecimento seja retomado normalmente. A única dúvida que temos é como é que isso será feito e, sobretudo, quando é que isso será feito. Para já, os constrangimentos que têm vindo a ser anunciados mantêm-se, porque se não tínhamos gasóleo, agora não temos na mesma. Vamos ver se rapidamente os abastecimentos se restabelecem”, afirmou esta quinta-feira o presidente da ANTROP, Luís Cabaço Martins.

Na quarta-feira, a ANTROP tinha alertado que as empresas de transportes rodoviários têm combustível para, “no limite, dia e meio”. Entretanto, empresas como a Transportes Sul do Tejo (TST) e a Rodoviária do Oeste anunciaram planos para reduzir a oferta, caso a situação não se resolva. A TST avançou mesmo com a supressão de alguns serviços.

A greve dos motoristas de matérias perigosas terminou esta quinta-feira de manhã, depois de o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e a Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) terem chegado a acordo ao início da manhã. Em conferência de imprensa, o ministro das Infraestruturas destacou a garantia de “paz social” acordada entre os motoristas de matérias perigosas para o processo negocial e referiu uma “normalização gradual” do abastecimento de combustíveis no país, adiantando que a primeira reunião negocial decorrerá no dia 29.

No acordo assinado, a ANTRAM e o sindicato comprometem-se a concluir até dia 31 de dezembro um processo de negociação coletiva. Este processo, de acordo com o documento, distribuído aos jornalistas hoje em conferência de imprensa, em Lisboa, visa “promover e dignificar a atividade de motorista de materiais perigosos” e será acompanhado pelo Governo.

A negociação coletiva deverá assentar nos seguintes princípios de valorização: individualização da atividade no âmbito da tabela salarial, subsídio de risco, formação especial, seguros de vida específicos e exames médicos específicos. A greve nacional dos motoristas de matérias perigosas teve início às 00h00 de segunda-feira, convocada pelo SNMMP.

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