Mueller investigou 10 episódios onde Trump poderá ter obstruído a justiça, diz procurador-geral
Procurador-geral apresentou investigação à campanha de Trump e possíveis ligações à Rússia. Diz que não há provas para acusar o presidente, mas há 10 episódios de possível obstrução por Trump.
Ao fim de quase dois anos de investigação a justiça norte-americana vai publicar o relatório da investigação do procurador especial Robert Mueller às ligações da campanha de Donald Trump à Rússia, na sua campanha para interferir com as eleições norte-americanas. O procurador-geral disse que a investigação prova que a Rússia patrocinou o esforço para influenciar as eleições presidenciais de 2016 e a divulgação dos emails de Hillary Clinton. Quanto a Trump, não há provas de qualquer conluio ou obstrução à justiça, mas há dez episódios listados em Trump poderá ter tentado obstruir a justiça.
“O Governo russo patrocinou esforços para interferir ilegalmente com as eleições presidenciais de 2016, mas [a investigação] não concluiu que a campanha de Trump ou qualquer outro americano tenha conspirado” para ajudar a Rússia neste esforço, afirmou o procurador-geral William Barr, numa conferência de imprensa que antecede a divulgação do relatório.
Segundo William Barr, Donald Trump tinha razão quando disse desde o início que não havia qualquer ligação da sua campanha à Rússia e ao esforço do país liderado por Vladimir Putin para influenciar as eleições. Mas esse campanha aconteceu, diz, e a investigação concluiu ainda que o GRU — a secreta militar da Rússia — foi responsável pelo roubo dos emails de Hillary Clinton, de membros da sua campanha e de membros do Partido Democrata.
Esses emails foram então enviados pelo GRU para dois grupos controlados por esta agência de informação russa, que por sua vez os enviaram para o Wikileaks, que os publicou.
Já sobre a investigação à possibilidade de Donald Trump tentar interferir com a investigação, William Barr disse que o procurador especial não tomou uma decisão sobre a possível acusação e deixou apenas teorias legais e documentos para que fosse o Departamento de Justiça norte-americano a tomar a decisão. A decisão de William Barr foi de que não havia provas que justificassem uma acusação de obstrução à justiça.
Ainda assim, no seu relatório, segundo William Barr, o procurador especial listou dez ocasiões em que o Donald Trump poderá ter tentado obstruir a investigação. Para o procurador-geral, estes dez casos, e as ligações feitas na investigação, não são suficientes para determinar que foi cometido um crime e, eventualmente, levar a uma acusação.
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