Galp retira energia à bolsa nacional, Itália cai 2%
Bolsa portuguesa abriu sessão em zona de ganhos tímidos, mas já inverteu. Pressionam a Galp e mais 12 cotadas nacionais. Itália tomba 2% à espera do referendo do próximo dia 4.
Os analistas dizem que vai ser uma semana complicada para os mercados, com os investidores expectantes quanto ao referendo em Itália. No caso da bolsa portuguesa, já foi possível observar a instabilidade do momento: abriu a sessão a ganhar e inverteu para terreno negativo logo nos primeiros minutos de negociação.
Assim, depois de um ganho ligeiro, o PSI-20, o principal índice português, cedia 0,4% para 4.442,17 pontos. Pressionava sobretudo a Galp, cujos títulos desvalorizavam 1% para 12,5 euros, acompanhando a desvalorização dos preços do petróleo. Mas mais 12 cotadas negociavam com sinal menos, com destaque ainda para o setor do papel, onde a Altri e a Navigator corrigiam em baixa de 0,74% e 0,89%, depois de uma semana positiva por causa da exposição benéfica ao dólar. Entretanto, o CaixaBI cortou na sexta-feira passada a avaliação da Altri em 20% por considerar que os preços do papel só vão recuperar em 2018.
Galp cai nos últimos três dias
Entre os pesos pesados, também a EDP e EDP Renováveis pressionavam no arranque da sessão em Lisboa, com quedas de 0,41% e 0,73%.
“Durante esta semana, a bolsa nacional irá depender da evolução de variáveis externas como o euro e as yields italianas. A aproximação da realização do referendo em Itália e das eleições presidenciais na Áustria irão influenciar o comportamento do euro”, referiram os analistas do BPI no Diário de Bolsa. “O referendo em Itália é o mais relevante e irá influir sobre as yields italianas e sobre os bancos italianos. Por sua vez, as taxas de juro transalpinas e os bancos deste país podem ditar o curso das yields portuguesas (e por reflexo em diversos títulos nacionais) e de algumas ações bancárias portuguesas“, acrescentaram os analistas.
"Durante esta semana, a bolsa nacional irá depender da evolução de variáveis externas como o euro e as yields italianas. A aproximação da realização do referendo em Itália e das eleições presidenciais na Áustria irão influenciar o comportamento do euro. O referendo em Itália é o mais relevante e irá influir sobre as yields italianas e sobre os bancos italianos. Por sua vez, as taxas de juro transalpinas e os bancos deste país podem ditar o curso das yields portuguesas (e por reflexo em diversos títulos nacionais) e de algumas ações bancárias portuguesas.”
Lisboa acompanha as perdas que se observavam um pouco por toda a Europa. O índice francês CAC-40 perdia 0,8%, o IBEX-35 de Madrid cedia cerca de 0,5% e o alemão DAX recuava 0,7%. Já o italiano FTSE MIB tombava mais de 2,03%, num sinal de stress evidente dos investidores na semana que antecede o referendo à Constituição italiana.
Nos mercados secundários de dívida, apesar do alívio sobre os juros alemães, as taxas subiam na periferia, casos de Portugal, Espanha e Itália. A yield implícita nas obrigações nacionais a 10 anos subia para os 3,606%.
(notícia em atualizada às 8h29 com mais informações)
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