Sindicato da distribuição fala de grande adesão à greve. Empresas falam em normalidade
Enquanto o sindicado diz já que esta é uma das maiores greves dos últimos anos, "com elevadas percentagens de adesão nas lojas", a APED considera que as lojas estão a funcionar "com normalidade".
O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal disse esta quarta-feira que a greve dos trabalhadores da distribuição alimentar e não alimentar neste 1.º de Maio é uma das maiores dos últimos anos.
“É uma das maiores greves que temos feito nos últimos anos, nomeadamente no setor da distribuição, com grande adesão dos trabalhadores, com elevadas percentagens de adesão nas lojas maiores e com adesões que fazem encerrar as lojas mais pequenas“, adiantou à agência Lusa a dirigente Isabel Camarinha.
Num balanço ainda provisório, a sindicalista referiu que cerca de 60 a 70 dos supermercados da cadeia Mini-Preço estão encerrados nos distritos de Lisboa, Porto, Setúbal, Aveiro, Coimbra, Braga e também no Algarve.
Já a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) considera que “as lojas de retalho alimentar e não alimentar estão a funcionar com normalidade, dentro dos habituais horários de funcionamento previamente estabelecidos para este dia”, avançou em comunicado.
Segundo Isabel Camarinha, das lojas que estão abertas “muitas funcionam com horários reduzidos porque não têm trabalhadores para ter a loja a funcionar o dia inteiro”.
A dirigente adiantou ainda que se verifica também grande adesão à greve nas lojas Pão de Açúcar e Jumbo e problemas no funcionamento de muitos supermercados Pingo Doce e Continente Bom Dia, “em que as lojas não abriram quando deviam ter aberto, porque não tinham trabalhadores”.
“As empresas substituíram trabalhadores e chamaram chefias que estavam de folga para irem abrir as lojas”, denuncia Isabel Camarinha, que fala ainda em setores sem funcionários dentro das unidades que estão abertas, como padaria ou charcutaria e talhos.
A APED refere que a greve “registou fraca adesão entre os mais de 130.000 trabalhadores do universo de empresas” que representa, refere a nota, salientando que está a decorrer, “em sede própria”, a negociação dos termos e condições do contrato coletivo de trabalho.
Os trabalhadores da grande distribuição exigem a revisão do Contrato Coletivo de Trabalho (CCT), cuja negociação se prolonga há 31 meses, para que sejam aumentados os salários e o encerramento das superfícies no 1.º de Maio, aos domingos e feriados, reivindicando ainda a progressão automática do operador de armazém e o fim da tabela B.
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