Megaoperação da PJ leva a demissão do chefe de gabinete do secretário de Estado da Proteção Civil
Operação de combate à fraude leva à constituição como arguido de chefe de gabinete do Secretário de Estado da Proteção Civil, que acabou por se demitir. Fatos são anteriores a entrar no governo.
O chefe de gabinete do Secretário de Estado da Proteção Civil demitiu-se depois da Polícia Judiciária ter realizado uma série de buscas na sequência de uma megaoperação de combate à fraude em subsídios comunitários, que levou à constituição de 19 arguidos, entre eles Adelino Mendes, chefe de gabinete de José Artur Neves.
Em comunicado, o governo confirmou a demissão, salientando que foi o próprio a pedir a “exoneração de funções”, tendo o pedido sido aceite pelo secretário de Estado da Proteção Civil. Na mesma nota, o executivo esclarece que as suspeitas que recaem sobre Adelino Mendes dizem respeito à sua “atividade profissional anterior ao exercício de funções no gabinete do Secretário de Estado da Proteção Civil”.
Em causa está uma megaoperação de combate à fraude na obtenção de fundos comunitários, na sequência de uma outra que decorreu em maio de 2017, escreve o Correio da Manhã, e que na altura resultou em dois detidos e na apreensão de viaturas de luxo. As buscas desta quinta-feira decorreram em 19 locais de norte a sul do país, nomeadamente nos distritos do Porto, Leiria, Lisboa e Faro.
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De acordo com a TSF, em causa estarão fraudes na obtenção de subsídios comunitários, falsificação e branqueamento de fundo europeus por parte de vários empresários e empresas, que terão usado estes subsídios — como o Portugal 2020 — para lucrar indevidamente. Estes fundos da União Europeia (UE) deveriam ter sido usados para criar empregos em diversas áreas, mas terão sido desviados para automóveis de luxo e casas.
Segundo a Procuradoria-geral da República, a investigação em curso teve início há sensivelmente dois anos, num processo que conta já com 73 arguidos, 19 dos quais constituídos esta quinta-feira.
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