E vão três: CGD contrata mais um escritório de advogados para apurar responsabilidade civil contra ex-gestores

Serra Lopes, Cortes Martins é a terceira sociedade de advogados contratada pela Caixa, depois da Vieira de Almeida e da Linklaters já estarem a assessorar o banco. O problema? Incompatibilidades.

Paulo Macedo, presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), acaba de anunciar que contratou mais uma sociedade de advogados para analisar as possíveis ações de responsabilidade civil contra os ex-gestores no período entre 2000 e 2015: a Serra Lopes, Cortes Martins. Esta é a terceira sociedade de advogados que está por trás da assessoria ao banco, além da Vieira de Almeida e da Linklaters.

“Temos as três sociedades a trabalhar em paralelo”, disse esta quinta-feira Paulo Macedo, admitindo que até ao verão não deverão ser apresentados resultados relativos ao apuramento de eventuais responsabilidades.

O banco encontra-se agora a ser apoiado por estes três escritórios, devido a questões de incompatibilidades.

Inicialmente, a CGD anunciara apenas a contratação da VdA. Acontece que depois de feita uma avaliação jurídica terão surgido algumas dúvidas quanto à possível incompatibilidade do escritório liderado por João Vieira de Almeida face a algumas das matérias analisadas. Das cinco questões que estão em cima da mesa, a VdA terá admitido ser incompatível com duas delas.

Para estes casos foi depois contratada a Linklaters, que também já tinha assumido que era incompatível num dos casos. Pelo que a CGD se viu obrigada a contratar uma terceira sociedade de advogados para esse quinto assunto que estará a ser avaliado. Neste caso, a Serra Lopes, Cortes Martins.

Os principais problemas apontados pela EY numa versão preliminar da auditoria à CGD, datada de dezembro de 2017, são a concessão de créditos mal fundamentada, a atribuição de bónus aos gestores com resultados negativos, a interferência do Estado e ineficiências na gestão de risco.

Dos gestores referidos na auditoria, que ocupavam cargos de topo durante o período analisado, em que foram tomadas decisões de crédito que originaram perdas de 1,2 mil milhões, há pelo menos 17 que continuam ligados à banca, de acordo com um levantamento da Lusa. Alguns mantém-se na CGD, como é o caso de José Lourenço Soares e Maria João Carioca.

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