Operação Marquês. Quatro testemunhas têm de repetir declarações por avaria nos microfones

  • Lusa
  • 2 Maio 2019

O interrogatório das quatro testemunhas do processo Operação Marquês realizado em 29 de abril vai ser repetido em 10 de maio devido a uma avaria nos microfones da sala de audiências do TCIC.

O interrogatório das quatro testemunhas do processo Operação Marquês realizado em 29 de abril vai ser repetido em 10 de maio devido a uma avaria nos microfones da sala de audiências do Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa. A notícia da repetição da diligência foi avançada pelo Observador.

Fonte oficial do tribunal disse à agência Lusa que as testemunhas Domingos Farinha, alegado escritor-fantasma do ex-primeiro ministro José Sócrates; a sua mulher, Jane Kirby; o blogger António Peixoto e o seu filho, António Mega Peixoto, vão voltar ao tribunal na tarde de 10 de maio devido a uma avaria nos microfones da sala detetada quando o som estava a ser gravado em CD.

Segundo o Ministério Público, Domingos Farinha, professor da Faculdade de Direito, é o verdadeiro autor do livro de Sócrates “A Confiança no Mundo”, pelo qual recebeu cerca de 100 mil euros através da empresa do arguido Rui Mão de Ferro, sócio e administrador de várias empresas do universo empresarial de Carlos Santos Silva, outro dos arguidos.

O inquérito Operação Marquês, que teve início há mais de cinco anos, culminou na acusação a 28 arguidos, 19 pessoas e nove empresas, e investigou a alegada prática de quase duas centenas de crimes de natureza económico-financeira.

José Sócrates está acusado de três crimes de corrupção passiva de titular de cargo político, 16 de branqueamento de capitais, nove de falsificação de documentos e três de fraude fiscal qualificada.

Entre outras imputações, o Ministério Público acusa Sócrates de receber cerca de 34 milhões de euros, entre 2006 e 2015, a troco de favorecimentos a interesses do ex-banqueiro Ricardo Salgado no Grupo Espírito Santos e na PT, bem como para garantir a concessão de financiamento da Caixa Geral de Depósitos ao empreendimento de luxo Vale do Lobo, no Algarve, e por favorecer negócios do Grupo Lena.

Entre os 28 arguidos estão também Henrique Granadeiro, Zeinal Bava, Armando Vara, Bárbara Vara, Joaquim Barroca, Helder Bataglia e Gonçalo Ferreira, empresas do grupo Lena (Lena SGPS, LEC SGPS e LEC SA) e a sociedade Vale do Lobo Resorts Turísticos de Luxo.

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