Montepio cria banco dedicado às empresas com 180 milhões de euros
Banco Empresas Montepio conta com Carlos Tavares como chairman e vê um universo de potenciais clientes de cinco mil PME. Entre os 120 colaboradores, a maioria já pertencia ao grupo.
O Montepio criou um novo banco dedicado às empresas, que combina banca comercial com investimento, e pretende colmatar a elevada dependência do tecido empresarial ao crédito. O Banco Empresas Montepio (BEM) arranca com 180 milhões de euros de capitais próprios e quer captar cinco mil pequenas e médias empresas como clientes.
“O que os bancos têm feito é um financiamento por via do crédito. É importante, mas o que notamos é que as empresas estão a crescer e queremos criar uma relação diferente do que é habitual, contribuindo para que as empresas se financiem bem não só com crédito, mas com capital, serviços, informação e tudo o que as empresas necessitam”, afirmou Carlos Tavares, que assume funções de chairman do BEM.
“Penso que é uma experiência relativamente original desse ponto de vista”, referiu, clarificando que inicia atividade com 180 milhões de euros de capitais próprios, “que são mais que suficientes para arrancar com a atividade”, e conta com 120 colaboradores, que na maioria já pertenciam ao grupo. Conta com dez Espaços Empresa, em Aveiro, Braga, Leiria, Lisboa e Grande Lisboa, Porto e Grande Porto, Faro e Viseu.
Na base da criação da nova instituição financeira do grupo, está a identificação de problemas no tecido empresarial português que se prendem com constrangimentos à capitalização e ao acesso a fontes de financiamento alternativas. Carlos Tavares sublinhou que a subcapitalização das empresas é um dos principais problemas das empresas nacionais e um obstáculo ao desenvolvimento.
Igualmente, também o ministro-adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, lembrou que há três anos as empresas portuguesas enfrentavam grandes dificuldades de financiamento, levando a situações de subcapitalização e sobre-endividamento. O ministro notou as melhorias tanto na confiança dos gestores para expandirem os negócios como dos investidores internacionais em relação a Portugal.
“É muito positivo ver como o panorama é hoje muito diferente e encontrarmos uma instituição financeira vocacionada para as empresas”, afirmou Siza Vieira. “Quando uma instituição financeira decide posicionar-se neste segmento é porque confia no futuro”, acrescentou.
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