China endurece posição e Wall Street volta às quedas
O Governo chinês passou a mensagem de que está disposto a cancelar as negociações e seguir sem um acordo comercial se os EUA não cederem, e Wall Street voltou às quedas.
A bolsa de Nova Iorque abriu a cair, depois de três consecutivas de ganhos, influenciada, mais uma vez, pelas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China.
O industrial Dow Jones caiu 0,75%, o Nasdaq desvalorizou 0,87% e o S&P 500 caiu 0,75%.
Na semana passada e na segunda-feira, a quebra das negociações entre os Estados Unidos e a China arrastaram Wall Street para sucessivas quedas. A desvalorização, de parte a parte, das tensões gerou algum otimismo que permitiu três sessões consecutivas de ganhos, embora não muito expressivos, mas esta sexta-feira foi a vez de a China enviar uma mensagem a Donald Trump: sejam sinceros ou cancelem as negociações.
Através de um comentário de uma conta social ligada ao Economic Daily, um jornal estatal chinês, o Governo chinês passou a mensagem de que está disposto a cancelar as negociações “se os EUA não avançarem com ações concretas”.
Num sinal de que a China está disposta a continuar sem um acordo, Wang Tang, um dos membros da direção do partido comunista chinês, disse esta sexta-feira num encontro com empresários de Taiwan que a guerra comercial pode custar 1% do PIB chinês no pior dos cenários, mas no longo prazo não terá custos.
As palavras mais duras do regime surgem depois de uma semana em que a Administração norte-americana tem dado sinais de que ainda é possível um acordo. O secretário do Tesouro dos EUA disse esta quinta-feira que espera viajar em breve para a China para continuar as negociações, que foram suspensas no final da semana passada sem qualquer acordo.
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