Primeiro-ministro do Iraque concorda em reduzir a produção de petróleo
O chefe do executivo iraquiano frisa que os preços atuais do petróleo são insustentáveis para os países produtores da matéria-prima.
O chefe do governo de Bagdade disse que o Iraque aceita aplicar o plano da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que prevê a redução da produção de petróleo no país, numa tentativa de baixar o preço do crude.
Em entrevista à Associated Press, difundida esta terça-feira, o chefe do executivo do Iraque, Haidar al-Abadi, frisou que os preços atuais são insustentáveis para os países produtores de petróleo.
Para al-Abadi, é compreensível que os países membros da OPEP tenham concordado na redução do número de barris por dia (entre os 900 mil e 1,2 milhões barris diários). O governante previu que a medida pode ser suficiente para fazer face ao problema.
Na mesma entrevista, o primeiro-ministro do Iraque, questionado sobre a campanha militar contra as forças do Estado Islâmico em Mossul, disse estar convencido de que a “falta de coragem” dos extremistas islâmicos vai acabar por neutralizar a capacidade de resistência do grupo na região.
Mesmo assim, segundo a Associated Press, centenas de carros armadilhados pelas forças do Estado Islâmico têm atingido soldados iraquianos na segunda cidade do país, durante a campanha militar que pode prolongar-se até ao início do próximo ano.
O chefe do executivo iraquiano disse ainda que a cidade de Mossul está neste momento “completamente” cercada mas não forneceu o número total de baixas registadas nas últimas seis semanas entre as forças governamentais.
“Isto é como uma cobra (Estado Islâmico) e não vale a pena se for atingida no meio ou na cauda. É preciso atingir a cabeça”, sustentou o primeiro-ministro do Iraque, sublinhando que a “cabeça” da organização terrorista está em Mossul.
Al-Abadi disse acreditar que a próxima administração norte-americana vai incrementar o apoio logístico necessário ao combate ao terrorismo, desvalorizando as declarações de Donald Trump, que durante a campanha eleitoral nos Estados Unidos disse que é “preciso retirar o petróleo do Iraque”.
“Não vou avaliar um homem pelas declarações durante uma campanha eleitoral. Vou julgá-lo pelo que vai fazer depois”, afirmou o primeiro-ministro do Iraque, para quem que Trump “é um homem pragmático”.
Al-Abadi, no poder desde 2014, reforçou os apelos para a população civil se manter na cidade de Mossul para que seja “evitada” uma situação de catástrofe humanitária.
“Esta é a primeira vez que libertamos uma cidade onde os civis se mantêm em casa”, disse o primeiro-ministro.
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