Iraque vai cooperar com OPEP, petróleo dispara 2%
Ceticismo dá lugar à crença de que vai ser possível à OPEP alcançar um acordo para cortar a produção. Promessa de cooperação da parte do Iraque faz disparar preços do barril.
Numa corrida de última hora para evitar novamente o fracasso, os membros da OPEP já conseguiram um apoio importante. O Iraque já prometeu cooperar com o cartel no sentido de alcançar um acordo para cortar a produção. O ministro do Petróleo iraquiano, Jabbar al-Luaibi, manifestou “otimismo” quanto a um entendimento na decisiva reunião da próxima quarta-feira. Isto depois de a Arábia Saudita, o principal produtor da OPEP, ter colocado tudo em dúvida ao colocar-se de fora deste encontro.
Neste cenário, o barril de Brent, contrato de referência para as importações nacionais, valorizava 1,82% para 48,09 dólares, ao mesmo tempo que o contrato de crude, negociado em Nova Iorque, avançava 1,81% para 46,94 dólares.
Preços do petróleo numa montanha-russa
“As possibilidades de um acordo serão elevadas mas continuamos céticos”, referiu Norbert Rücker, analista da Julius Baer, à Bloomberg.
A Arábia Saudita sinalizou este fim de semana que a OPEP não tem necessariamente de chegar a um acordo para baixar a produção e retirou-se de uma reunião que vários membros do cartel vão realizar com outros produtores que não fazem parte da OPEP, incluindo a Rússia.
"As possibilidades de um acordo serão elevadas mas continuamos céticos.”
Segundo o ministro do Petróleo saudita, a procura global por petróleo deverá recuperar no próximo ano, permitindo a estabilização dos preços, mesmo que a OPEP não avance para cortes. Tinha sido a Arábia Saudita um dos principais impulsionadores deste acordo no seio do cartel que iria impor a primeira redução da produção de petróleo em oito anos.
Entretanto, enquanto os ministros da Energia da Argélia e da Venezuela deslocam-se a Moscovo para convencer a Rússia a integrar um acordo, os responsáveis da OPEP realizam esta segunda-feira um encontro interno para resolver as diferenças em antecipação à reunião de quarta-feira, a última oportunidade que o cartel terá para implementar uma restrição na produção de ouro negro a nível global.
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