Mais pequenas e mais seguras. Saiba como são as novas notas de 100 e 200 euros
As novas notas de 100 e 200 euros começam a circular esta terça-feira. Mais pequenas e com novos elementos de segurança, estas notas assumem "um papel muito relevante como reserva de valor".
Não serão muitos os portugueses que lidam com elas no dia-a-dia, mas fique a saber que há novas notas de 100 e 200 euros. Nesta terça-feira começam a circular no espaço do Euro, incluindo Portugal, as primeiras novas notas com essas denominações de um total de mais de três mil milhões de novos exemplares produzidos. As novas notas mantêm a mesma cor, mas são mais pequenas e incluem novos elementos de segurança.
A entrada em circulação das renovadas notas de 100 e 200 euros vem concluir a implementação da série Europa do Euro, que se iniciou em 2013, e que decorreu de forma gradual, ao longo de vários anos e por ordem crescente de denominação das notas. As notas de 500 euros não serão substituídas, tendo mesmo deixado de ser fabricadas devido ao entendimento de que estão ligadas ao financiamento de atividades criminais.
À semelhança do que aconteceu nas denominações de mais baixo valor, a entrada em circulação das novas notas não implica a troca das antigas. Estas continuarão a ser usadas sem restrições até à sua absorção pelo sistema de bancos centrais.
A mesma cor, mas mais pequenas
As novas notas mantêm os desenhos de estilo arquitetónico. A nota de 100 euros continua a ter a cor verde e o desenho em estilo barroco e rococó, enquanto a de 200 euros, de cor amarelo-torrado, retrata a arquitetura em ferro e vidro do século XIX.
Relativamente à série anterior, os novos exemplares distinguem-se pela sua menor dimensão, o que também já acontece com as notas de 5, 10, 20 e 50 euros desta nova série. Têm menos cinco milímetros de altura em comparação com as notas da primeira série do Euro, tendo o mesmo tamanho das de 50 euros, o que facilita o seu manuseamento.
“Estas duas denominações não são denominações com grande expressão na circulação no dia-a-dia”, diz Hélder Rosalino, administrador do Banco de Portugal, explicando que, não sendo “utilizadas de forma regular e corrente, têm um papel muito relevante como reserva de valor“.
De acordo com dados do Banco Central Europeu (BCE), no final de abril as notas de 50 euros representavam a maior fatia de notas em circulação (46,6%), já as notas de 100 euros correspondiam a 12,7% do total em circulação, enquanto as de 200 euros representavam 1,2%, a menor parcela entre as várias denominações. Nessa ocasião, existiam em circulação 2.848 milhões de notas de 100 euros e 269 milhões de notas de 200 euros em circulação.
Com o “desaparecimento” das notas de 500 euros, as de 200 euros, ganham uma importância maior como reserva de valor. Talvez por isso o número de notas com essa denominação produzidas seja quase o triplo dos exemplares antigos em circulação. O BCE deu ordem para a produção de 2.300 milhões de novas notas de 100 euros e de 750 milhões de 200 euros.
Elementos de segurança reforçados
As novas notas destacam-se ainda pelo facto de conterem novos e inovadores elementos de segurança. À semelhança das outras denominações permitem atestar a sua genuinidade através do método “tocar, observar e inclinar”.
As novas notas têm um holograma-satélite na parte superior da banda prateada que expõe pequenos símbolos do Euro que se movem em torno dos algarismos representativos do valor da nota e que se tornam mais nítidos quando são expostos a luz direta.
A banda prateada exibe também um retrato de Europa (figura mitológica grega que deu origem ao nome do continente), o motivo arquitetónico e um símbolo do euro de grande dimensão. As novas notas de 100 e 200 euros incluem ainda um número esmeralda melhorado, que passa a exibir símbolos do euro dentro dos algoritmos representativos do valor da nota.
De salientar que as notas de 100 e de 200 euros figuram entre as menos falsificadas. Do total de 18.047 notas contrafeitas retiradas de circulação, em Portugal, no ano passado, apenas 48 eram de 200 euros e 951 de 100 euros. A nota de 20 euros foi aquela que foi alvo de maior número de falsificações identificadas: 10.084.
Trocar as notas? Só no Banco de Portugal ou no banco
Apesar de melhor protegidas dos falsários com esses elementos, o surgimento das novas notas de 100 e 200 euros pode acarretar riscos. Nomeadamente, para as camadas da população menos esclarecidas e para os idosos.
Com a troca de emissões de notas tendem a surgir tentativas de burlas. “Nenhuma instituição vai a casa das pessoas para trocar as notas”, avisa o Major Pedro Ramos, da divisão criminal de operações da GNR, sublinhando que ninguém está mandatado para trocar notas em nome do Banco de Portugal. Não é necessário trocar notas da primeira série.
Hélder Rosalino reforça esse alerta. “As notas da primeira e da segunda série vão continuar a circular em simultâneo. Compete aos bancos centrais retirar progressivamente de circulação as notas da primeira série em função do seu regresso ao banco central”, explica o administrador do Banco de Portugal. “Só as instituições de crédito e o BdP podem fazer esta troca”, acrescenta.
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