Tensões entre EUA e Irão pressionam Wall Street. Petróleo avança
As principais praças norte-americanas abriram esta sexta-feira em queda após Trump ter planeado um ataque contra o Irão. Wall Street inverteu a tendência de entusiasmo que tinha chegado com a Fed.
O Presidente norte-americano aprovou um ataque militar contra o Irão em resposta ao abate de um drone dos Estados Unidos por forças iranianas. Ainda que Donald Trump tenha acabado por recuar, as tensões entre os dois países estão a penalizar Wall Street, onde as principais praças norte-americanas abriram em queda.
Trump tinha inicialmente aprovado ataques a uma série de alvos iranianos (como radares e baterias de mísseis), tendo sido entretanto iniciada a preparação dessas operações. Segundo o Wall Street Journal, os aviões e os barcos estavam a postos, aguardando apenas a ordem final para atacar. Essa ordem acabou, contudo, por não chegar e Trump usou o Twitter para explicar que quis evitar a morte de civis.
Após a escalada de tensão entre os dois países, o petróleo segue em alta nos mercados internacionais. O crude WTI negociado em Nova Iorque valoriza 0,46% para 57,33 dólares por barril, enquanto o brent negociado em Londres sobe 0,90% para 65,03 dólares por barril.
Em sentido contrário, as ações norte-americanas desvalorizam. O índice industrial Dow Jones abriu a recuar 0,03% para 26.746,05 pontos, enquanto o financeiro S&P 500 desliza 0,02% para 2.953,50 pontos. Já o tecnológico Nasdaq perde 0,29% para 8.028,01 pontos.
O mercado acionista nos EUA inverteu assim a tendência das últimas sessões. A Reserva Federal norte-americana sinalizou que poderá cortar a taxa de juro de referência em 0,5 pontos percentuais e o mercado antecipa agora que haja três cortes ainda este ano. Graças às declarações, o S&P 500 a fechar na última sessão em máximos históricos.
“Quando se olha para a magnitude de movimentos que se têm registado num curto espaço de tempo, especialmente esta semana, não é surpreendente ver os mercados em baixa hoje”, disse Art Hogan, chief market strategist da National Securities, à Reuters. “Aproxima-se agora a reunião do G20, que poderá ser importante para o sentimento bullish ou bearish. Não é fora do comum que os investidores façam uma pausa”.
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