Taxa de poupança das famílias volta a recuar. Cai para 4,5% no primeiro trimestre

O recuo ligeiro (de 0,1 pontos percentuais), associado a uma capacidade de financiamento mais baixa, segue-se a um aumento expressivo no trimestre anterior.

As famílias em Portugal voltaram a poupar menos. A taxa de poupança atingiu, no primeiro trimestre do ano, 4,5%, menos 0,1 pontos percentuais que nos últimos três meses de 2018. O recuo ligeiro, associado a uma capacidade de financiamento mais baixa, segue-se a um aumento expressivo no trimestre anterior.

“A capacidade de financiamento das famílias recuou para 0,4% do PIB no primeiro trimestre de 2019, menos 0,3 pontos percentuais do que no trimestre anterior. Esta evolução traduziu também sobretudo o crescimento do investimento, tendo-se reduzido marginalmente a taxa de poupança em 0,1 pontos percentuais, para 4,5% do rendimento disponível“, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Assim, as famílias pouparam 4,5 euros por cada 100 euros em rendimentos no primeiro trimestre. Apesar do recuo de 10 cêntimos face à poupança registada em média no trimestre anterior, os últimos seis meses têm sido de recuperação após o mínimo histórico registado no segundo trimestre de 2018. Entre março e junho do ano passado, a taxa de poupança foi de apenas 4 euros, o valor de que há registo.

A explicar a nova redução da taxa de poupança está o facto de as famílias estarem a precisar de usar maior parte do salário (que cresceu abaixo dos custos com consumo) para fazer face às despesas que têm. As despesas com consumo aumentaram 0,9% no primeiro trimestre, enquanto o rendimento disponível subiu 0,8%.

“A evolução do rendimento disponível das famílias foi determinada pelo crescimento de 1,1% das remunerações, que explicam 0,7 pontos percentuais do aumento do rendimento”, refere no INE. Por outro lado, o investimento das famílias registou uma taxa de variação de 3,2% no primeiro trimestre de 2019, valor que fica abaixo dos 3,3% registados no trimestre anterior.

Poupança tem recuperado dos mínimos históricos atingidos em 2018

No caso das empresas, a necessidade de financiamento agravou-se em 0,5 pontos percentuais, fixando-se em 2,4% do produto interno bruto (PIB) no ano acabado no primeiro trimestre de 2019. “Este resultado refletiu sobretudo o aumento em 4,8% da Formação Bruta de Capital (FBC), enquanto o Valor Acrescentado Bruto (VAB) aumentou 0,9%, mais 0,1 p.p. do que no trimestre anterior”, acrescentou o INE.

(Notícia atualizada às 11h25)

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