Vendas de casas abrandam pelo terceiro trimestre consecutivo. Transações em Lisboa chegaram aos dois mil milhões de euros

O número de casas vendidas no primeiro trimestre aumentou 7,6%, mas está a desacelerar pelo terceiro trimestre consecutivo. Em termos de volume, ultrapassaram-se os seis mil milhões de euros.

As casas ficaram ainda mais caras no primeiro trimestre, mas nem isso fez diminuir o número de transações. Foram mais de 43 mil as habitações transacionadas nesse período, com Lisboa a liderar em número e em valor, mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Só na capital, as vendas de casas ultrapassaram os dois mil milhões de euros.

Nos primeiros três meses do ano, venderam-se 43.826 habitações em todo o país, mais 7,6% do que no mesmo período do ano passado. Contudo, apesar deste aumento, “este foi o terceiro trimestre consecutivo em que se observou uma desaceleração no número de vendas de habitações, sendo aquele que registou a mais baixa taxa de variação homóloga dos últimos quatro anos”, refere o INE.

Em termos de volume de vendas, estas totalizaram 6,12 mil milhões de euros, um valor que aumentou 12,9% face ao período homólogo. Deste total, cinco mil milhões corresponderam a habitações existentes e 1,1 milhões de euros a habitações novas.

Lisboa, Norte e Algarve abrandam. Açores, Centro e Alentejo aceleram

Como seria de esperar, a maioria das transações imobiliárias realizaram-se na capital. No primeiro trimestre, venderam-se 15.506 habitações em Lisboa, representando 35% do total de transações. Este número aumentou mais de 6,5% face ao mesmo trimestre do ano passado e 0,5% face ao final do ano passado. Em termos de volume de vendas, estas transações totalizaram 2,9 mil milhões de euros, um valor que aumentou 11,2% face ao período homólogo.

Com um peso de 16% no número de transações, o Porto viu serem vendidas 7.183 habitações, mais 3,1% do que no mesmo trimestre do ano anterior. Em termos de volume de vendas, estas totalizaram os 952,7 milhões de euros, um aumento de 11,5%. Contrariamente, o Algarve viu o número de transações cair 5% para as 3.724, num total de cerca de 672 milhões de euros (5,7%).

As regiões de Lisboa, Norte e o Algarve viram as taxas de variação do número e do valor de transações ficarem abaixo da média nacional, enquanto a Região Autónoma dos Açores, o Centro e o Alentejo “foram as regiões nacionais que apresentaram ritmos de crescimento homólogos (…) acima da média nacional”, refere o INE.

Destaque para a região Centro que, pelo segundo trimestre consecutivo, registou um aumento da quota regional, enquanto o Algarve apresentou, pelo quarto trimestre consecutivo, uma redução desse indicador. Também Lisboa e o Norte perderam peso.

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