Bancos emprestaram 804 milhões para comprar casas em abril
Foram concedidos 804 milhões de euros pelas instituições financeiras em abril, um valor aquém do registado no mês anterior. Mas é um aumento de 2,7% face a abril de 2018.
Voltou a abrandar a concessão de novo crédito para a compra de habitação própria. De acordo com os dados do Banco de Portugal, foram concedidos 804 milhões de euros pelas instituições financeiras em abril, um valor aquém do registado no mês anterior em que os novos empréstimos ascenderam a 870 milhões. Face ao período homólogo houve um aumento de 2,7%.
Depois dos 747 milhões em janeiro e dos 734 milhões em fevereiro, os novos créditos à habitação deram um salto em março, ascendendo a 870 milhões de euros. O valor acabou por encolher em abril, mas manteve-se acima da fasquia dos 800 milhões de euros, superando em 2,7% o montante que tinha sido concedido no mesmo mês do ano passado.
Crédito à habitação recua em abril
Fonte: Banco de Portugal
Com este montante, o valor total concedido pelos bancos para a habitação no acumulado deste ano atingiu os 3.155 milhões de euros, acima dos 2.969 milhões registados no período homólogo.
O crescimento do novo crédito nos primeiros quatro meses do ano é bastante inferior ao registado no mesmo período de 2018 (27%), sendo que para tal está a contribuir o travão do Banco de Portugal à concessão de crédito pela via de recomendações aos bancos que estão em vigor desde o início de julho do ano passado.
Essas medidas determinam três tipos de limites que os bancos devem considerar na hora de dar crédito não só para a compra de casa como para consumo, com vista a prevenir o risco de incumprimento das famílias e as consequências que daí podem resultar para a economia.
Na primeira avaliação da medida, o Banco de Portugal revelou que as instituições financeiras estão a acatar e a aplicar o conjunto de três limites que devem ser tidas em conta na hora de dar crédito às famílias, sobretudo habitação, mas também no consumo, embora com “algum gradualismo”.
Há menos crédito ao consumo
Ao mesmo tempo que se assiste a um abrandamento na concessão de crédito para a casa, há menos crédito para o consumo e também para outros fins. Os dados do Banco de Portugal mostram que foram concedidos 363 milhões para o consumo e 159 para outros fins, registando-se em ambos os casos uma quebra face a março. Na comparação homóloga, o crédito utilizado pelas famílias para a compra de automóveis, por exemplo, registou uma redução de 1,9%.
Considerando os quatro meses do ano, os dados permitem perceber que foram concedidos 2.101 milhões nas duas finalidades, com mais de 1.400 milhões a terem como destino o crédito ao consumo. O valor apurado entre janeiro e abril deste ano acaba, no entanto, por ficar aquém dos 1.493 milhões registados nos mesmos meses do ano passado.
Crédito às empresas desacelera
Se o crédito às famílias encolheu em abril face a março, tendo registado um ligeiro crescimento face ao mesmo mês do ano passado, nas empresas assistiu-se a uma quebra acentuada de um mês para o outro. Passou de 2.628 para 2.379 milhões de euros em abril, com os financiamentos superiores a um milhão de euros a ficarem abaixo da fasquia dos mil milhões.
No mesmo período do ano passado tinham sido concedidos pelos bancos novos empréstimos às empresas no valor de 2.461 milhões de euros, registando-se assim uma quebra homóloga de 3,3%.
(Notícia atualizada às 11h24 com mais informação)
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