Reestruturação da CGD em condições de ir além de Bruxelas
A CGD diz que está a cumprir o plano estratégico acordado com Bruxelas e, com base na execução positiva de alguns indicadores, avança que que gostaria até de ir além das metas.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) gostaria de ir além das metas traçadas no plano estratégico até 2020 acordado pelo Estado com a Comissão Europeia, em 2017, avança o Expresso (acesso pago), este sábado. Isto com base na execução positiva de alguns indicadores, como a redução do crédito mal parado e a diminuição dos custos operacionais.
Há, no entanto, pontos em que tal não será possível face à prolongada política de Mario Draghi de manter os juros em mínimos (o que prejudica as receitas bancárias), às dificuldades de geração de negócio novo e ao impacto que o emagrecimento da instituição (refletido na redução do número de balcões e trabalhadores) tem tido nos clientes. E ainda que o banco público defenda que está o cumprir o plano em causa, Bruxelas não se compromete com essa avaliação e afirma apenas que está a acompanhar o processo.
O semanário questionou a CGD sobre se o cumprimento do plano está a ser feito apenas à custa de cortes nos recursos humanos e nos balcões, bem como na subida das comissão e nas diminuição das margens de juros nos depósitos, tendo o banco público respondido: “A Caixa está a cumprir com o plano estratégico aprovado em 2017”.
Do lado do Ministério das Finanças, a resposta é semelhante: “A CGD tem atingido globalmente os objetivos previstos”. O Ministério de Mário Centeno salienta, por outro lado, que desde o início deste plano que os “objetivos a longo prazo têm sido atualizados sempre que necessário”, nomeadamente consoante as “circunstâncias macroeconómicas”.
Do lado de Bruxelas, a reação é mais curta: “A Comissão está a monitorizar o conformidade dos compromissos relativos à CGD”.
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