Economia dos EUA atinge maior ciclo de expansão da história

  • ECO
  • 2 Julho 2019

O ciclo dura há mais de 10 anos, ultrapassando o período entre março de 1991 e março de 2001, mas o recorde é atingido num momento de desaceleração da economia, reflexo da guerra comercial.

“Este ciclo está a decorrer há mais tempo do que Os Beatles estiveram juntos. Persiste por uma extensão mais prolongada que a transmissão original de Seinfeld. É mais velho que o Instagram”. É assim que Brian Levitt, estratega da Invesco, descreve o crescimento económico dos Estados Unidos, ao Financial Times.

Julho é o 121º mês desde a última recessão nos Estados Unidos. Este é o maior ciclo de expansão económica ininterrupta desde, pelo menos, 1854, segundo dados compilados pelo jornal (acesso condicionado e conteúdo em inglês). Recessão é habitualmente definida como dois trimestres consecutivos de redução do produto interno bruto, mas o National Bureau of Economic Research norte-americano usa uma classificação mais abrangente e define que o atual período de crescimento começou em junho de 2009.

Assim, o ciclo dura há mais de 10 anos, ultrapassando o período entre março de 1991 e março de 2001 e tornando-se mais do dobro da expansão após a Segunda Guerra Mundial. No primeiro trimestre deste ano, a economia norte-americana cresceu a um ritmo anualizado de 3,2% e as projeções indicam que ainda está a crescer 1,5%.

A desaceleração levanta dúvidas sobre se a saúde da economia e o Financial Times lembra a dificuldade em determinar uma recessão. O National Bureau of Economic Research anunciou que a recessão iniciada em dezembro de 2007 apenas um ano depois e quando terminou, em junho de 2009, foi apenas divulgado em setembro de 2010.

O recorde atingido no início deste mês acontece numa altura em que economistas e investidores receiam uma viragem no ciclo, pressionado pela guerra comercial entre EUA e China, bem como por dados económicos globais mistos. “Com a incerteza em torno da política comercial por resolver, o impacto no outlook de crescimento está a tornar-se mais pronunciado”, acrescentou Chetan Ahya, economista-chefe do Morgan Stanley, ao FT.

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