Prestação da casa desce em julho. Draghi deu uma ajuda
BCE acenou, em junho, com eventuais novos estímulos, incluindo corte de juros, conduzindo as Euribor a valores ainda mais negativos. Daí a descida das prestações da casa revistas em julho.
Este mês traz boas notícias para muitas famílias com crédito à habitação. O valor da prestação a pagar ao banco pelos clientes com empréstimos da casa indexados às Euribor a três e a seis meses desce em julho, face às últimas revisões, segundo cálculos feitos para a Lusa pela Deco/Dinheiro&Direitos. Esse corte não será alheio às declarações de Mário Draghi que no recente Fórum do Banco Central Europeu (BCE) que decorreu em Sintra acenou com a possibilidade de novos estímulos, incluindo a descida dos juros, arrastando as Euribor para novos mínimos históricos.
De acordo com a simulação efetuada pela Deco, um cliente com um empréstimo no valor de 150 mil euros a 30 anos, indexado à Euribor a seis meses com um spread (margem de lucro do banco) de 1%, paga a partir deste mês 463,48 euros, o que significa menos 2,55 euros face à última revisão da prestação, em janeiro.
Já no caso de um empréstimo nas mesmas condições, mas indexado à Euribor a três meses, o cliente passará a pagar 460,13 euros, neste caso 1,33 euros menos do que o pago em abril.
As Euribor são o principal indexante em Portugal nos contratos bancários que financiam a compra de casa. A Euribor a seis meses é a mais usada, seguida da taxa a três meses.
As taxas de juro continuam em terreno negativo e mesmo a acentuar essa tendência. Em junho, a média da taxa Euribor a seis meses foi de -0,279%, um novo mínimo histórico, e a média da taxa a três meses de -0,329%.
As afirmações do presidente do BCE durante o evento que decorreu em Sintra foram de tal valorizadas que no dia seguinte — 19 de junho — o mercado brindou as famílias com seis meses extra de juros negativos. Se a 17 de junho, véspera do discurso de Mário Draghi, os futuros para a Euribor a três meses assumiam que esse indexante ficasse positivo em junho de 2023. Um dia depois, e após as declarações de Mario Draghi, o mercado adiou esse cenário para o final daquele ano, situação que se mantém.
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