Pedro Nuno Santos não exclui renacionalizar CTT, mas elogia sinais de mudança na empresa
Apesar de elogiar mudanças nos CTT nos últimos meses, Pedro Nuno Santos reitera que exige que os Correios tenham, "no mínimo", uma loja por concelho. Caso contrário, Governo intervirá.
Será com a força dos mais de 10 milhões de portugueses que o Governo representa que o Ministério das Infraestruturas e Habitação exige aos CTT – Correios de Portugal que tenham no mínimo uma loja em cada concelho de Portugal, uma fasquia mínima que, para Pedro Nuno Santos, deve ser assegurada independentemente da vontade da empresa.
“Fomos muito claros na última audição. É uma empresa privada, mas que presta serviço público. E nós, Estado, não estamos cá só para assistir ao que uma empresa privatizada faz. Representamos 10 milhões de portugueses e é com essa força que nos apresentamos de cada vez que nos sentamos com uma empresa, sempre respeitando a lei, claro”, começou por apontar o Ministro das Infraestruturas aos deputados da Comissão da Economia.
“Independentemente da vontade da empresa, não vai haver nenhum concelho sem uma loja dos CTT, isso é o mínimo“, explicou o governante, sobre o “mínimo” que o Executivo vai exigir na renegociação no contrato de concessão. E caso tal não venha a acontecer, “o Estado português não excluirá nenhum cenário”, sendo que entre estes se conta a recuperação do controlo público dos Correios.
Mas apesar de reforçar a posição já manifestada em abril, aquando de uma outra audição na Comissão de Economia, Pedro Nuno Santos reconheceu que desde então notou uma alteração na postura da empresa. “Depois da audição, ouvimos os CTT a comprometerem-se que não fechariam mais nenhuma loja e que iriam abrir algumas das que foram encerradas”, reconheceu. Mas só isso não é suficiente, alertou.
“Obviamente que há aqui um sinal de mudança de paradigma na empresa, logo foi com muito agrado que ouvimos o novo CEO dos CTT. Não chegámos aquilo que queremos, mas a seu tempo objetivo será concretizado”. E garantiu: “Não haverá nenhum concelho sem CTT e isso vai mesmo acontecer.”
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