Rejuvenescimento da Função Pública está a acontecer consoante “capacidade do país”, diz Centeno

O rejuvenescimento da Administração Pública tem de ser feito de forma "muito eficaz", mas deve seguir o ritmo permitido pelas capacidades do país, defendeu Mário Centeno.

Poucos dias depois de se ter conhecido que a idade média na Administração Pública (AP) subiu quase quatro anos nos últimos oito anos, Mário Centeno sublinha que o rejuvenescimento dos recursos humanos do Estado está “em curso ao ritmo que as capacidades do país permitem”. O ministro das Finanças falava na abertura da primeira edição das “Conversas sobre a Memória e o Futuro AP”, uma iniciativa promovida pela Direção-Geral da Qualificação dos Trabalhadores em Funções Públicas.

Este trabalho [de rejuvenescimento e revitalização] está em curso ao ritmo que as capacidades do país permitem e tem de ser feito de forma muito eficaz. Não basta recrutar mais pessoas. É necessário que se promova uma coexistência harmoniosa entre as gerações e este capital humano, que se aprenda com o passado naquela perspetiva de definir o rumo do futuro”, salientou o governante.

Mário Centeno aproveitou ainda para referir os dados revelados no Boletim Estatístico do Emprego Público (BOEP), na semana passada, e que indicam que, desde 2011, a idade média estimada para o total de trabalhadores do Estado subiu quase quatro anos para 47,4 anos. “Não é muito distante da média etária do conjunto da economia”, disse o ministro, frisando, por outro lado, que as qualificações na AP são “muito superiores” e têm vindo a aumentar “de forma significativa” ao longo da legislatura de António Costa.

A propósito e sobre o futuro, Centeno identificou três desafios centrais: o envelhecimento demográfico, a digitalização e as alterações climáticas. E destacou que estes desafios exigem “novos modelos de gestão, mais participados, mais abertos e com responsabilidade partilhada pela utilização de recursos escassos”. O ministro reforçou ainda que “inovar não é uma moda, é uma questão de sobrevivência”, defendendo que os trabalhadores e os dirigentes da AP devem “aprender com o passado” e “perspetivar o futuro”.

Recorde-se que o BOEP indicou também que o número de funcionário públicos com 65 anos ou mais e, portanto, à beira da reforma atingiu, no ano passado, os 16.203, o nível mais elevado desde o início da série estatística. Neste relatório, a Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP) destacou, além disso, que no segundo semestre do último ano e face ao final de 2015, registou-se ainda uma quebra acentuado do número de trabalhadores entre os 25 anos e os 34 anos e um aumento do número de trabalhadores nas faixa etárias superiores aos 55 anos, o que reflete “essencialmente o reduzido número de novas admissões nas Administrações Públicas, particularmente entre 2012 e 2015”.

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