França quer “acordo europeu” para substituto de Lagarde no FMI
O ministro da Economia francês, Bruno Le Maire, quer "um acordo europeu em relação à melhor personalidade possível" para substituir Christine Lagarde no FMI.
O ministro da Economia francês, Bruno Le Maire, afirmou que quer “um acordo europeu em relação à melhor personalidade possível” para suceder a Christine Lagarde à frente do Fundo Monetário Internacional (FMI).
“Hoje nenhuma decisão foi tomada pela França e ninguém pode reivindicar o apoio da França”, disse o governante aos jornalistas, à margem do Fórum Económico de Aix-en-Provence, em França.
“A única coisa que posso dizer é que é preciso que haja um acordo europeu”, adiantou o ministro, lembrando que na sexta-feira disse ao Presidente francês, Emmanuel Mácron, que não era candidato à sucessão de Christine Lagarde.
“É o Presidente que vai votar numa personalidade com base nas orientações e recomendações que vou fazer sobre o assunto”, disse Bruno Le Maire, que deverá falar novamente este fim de semana com Emmanuel Macron, antes das reuniões de ministros da União Europeia (UE) e da zona euro na segunda e na terça-feira, em Bruxelas.
Na terça-feira, os chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) chegaram a acordo sobre as nomeações para os cargos institucionais de topo, designando Christine Lagarde, atual diretora-geral do FMI, para a presidência do Banco Central Europeu (BCE), sucedendo ao atual presidente, Mario Draghi, cujo mandato termina em 31 de outubro.
Desde a sua criação, em 1944, o FMI foi liderado por europeus, enquanto o Banco Mundial sempre foi presidido por um norte-americano e dos 11 líderes do FMI cinco eram franceses.
Vários nomes franceses circulam desde a nomeação de Christine Lagarde para o BCE, caso do Comissário Europeu para os Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, ou de Benoit Coeuré, membro da Comissão Executiva do BCE.
O governador do Banco de França, François Villeroy de Galhau, também era dado como candidato, mas disse à sua equipe que não estava interessado no cargo.
“Alguns rumores indicam que vou para o FMI. Eu confirmo, se necessário, que estou muito satisfeito no Banco de França e que vou ficar convosco. Nós temos ainda muitos desafios para termos sucesso juntos”, disse o governador num email enviado à sua equipa e que a AFP teve acesso.
No FMI, o nome da búlgara Kristalina Georgieva, que foi presidente interina do Banco Mundial e vice-presidente da Comissão Europeia, é falado para o cargo, enquanto outros querem que exista uma reforma profunda do FMI e pretendem conferir maior peso e poder aos países emergentes.
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