Marcelo elogia contas públicas e emprego mas alerta para balança comercial
O Presidente da República elogia os "sinais apreciáveis" nas contas públicas, emprego e juros da dívida pública mas alerta para a produtividade, competitividade e balança comercial.
O Presidente da República elogiou esta quarta-feira os “sinais apreciáveis” nas contas públicas, emprego e juros da dívida pública nos últimos dois anos, mas alertou para “algumas interrogações” quanto à produtividade, competitividade e balança comercial.
Numa intervenção no 8.º Congresso Nacional dos Economistas, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que “Portugal conheceu nos últimos dois anos mudanças sensíveis”, referindo que no último destes encontros, em 2017, “estavam muito vivas ainda as dúvidas sobre a solução política ensaiada”.
Segundo o chefe de Estado, esse ano de 2017 foi “mais lisonjeiro do que o esperado, o mesmo em 2018”, embora “com adiamentos ou condicionamentos estruturais, uns, institucionais, outros traduzidos no esgaçar de áreas mais expostas, e algumas interrogações sobre a sustentabilidade na produtividade, na competitividade e no equilíbrio comercial externo mantêm-se ou avolumaram-se”.
“Mas, temos de admitir, com sinais apreciáveis no equilíbrio orçamental, no emprego, nos juros da dívida pública e no clima económico e financeiro externo relativamente a Portugal, para já não falar no turismo, mesmo este ano, com dados encorajadores até abril”, acrescentou o Presidente da República.
No seu entender, estes resultados foram alcançados “beneficiando da conjuntura externa e também de um caminho vindo de trás e da firmeza de linhas orçamentais definidas ou confirmadas, assim como do esforço de estabilização mínima do sistema financeiro e da criação de um clima politico e económico interno mais distendido“.
Marcelo Rebelo de Sousa fez este balanço no dia do debate do estado da nação na Assembleia da República, recuando à conjuntura de há dois anos e descrevendo de forma sintética a evolução da situação do país até agora.
Em 2017, não só “estavam muito vivas ainda as dúvidas sobre a solução política ensaiada” – o atual Governo minoritário do PS suportado por acordos com os partidos à sua esquerda – como também havia receios quanto aos “sufocos bancários” e “teses acerca do abreviar da legislatura”, referiu.
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