Costa saúda compromissos de Ursula Von de Leyen para a Comissão Europeia
A ministra alemã divulgou alguns dos seus principais compromissos para os próximos cinco anos. Costa destacou o aprofundamento da união monetária e os objetivos de neutralidade carbónica.
O primeiro-ministro congratulou-se esta segunda-feira com os compromissos assumidos pela alemã Ursula Von der Leyen caso assuma as funções de presidente da Comissão Europeia, destacando o aprofundamento da união monetária e os objetivos de neutralidade carbónica.
Esta posição de António Costa, que divulgou através da rede social Twitter, surge depois de a candidata designada pelo Conselho Europeu para a presidência da Comissão Europeia ter divulgado através de carta alguns dos seus principais compromissos para os próximos cinco anos.
Para ser eleita para a presidência da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen precisa de obter 374 votos favoráveis (maioria absoluta) entre os deputados do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, eleição que se realiza na terça-feira.
Na véspera desta eleição, na qual os votos socialistas poderão ser determinantes, António Costa saudou o teor da carta escrita pela atual ministra alemã, com “compromissos claros” em matérias como “o Estado de direito, ambição face à transição para a neutralidade das emissões de carbono, promoção da igualdade de género, solidariedade com os migrantes, desenvolvimento do pilar social e prioridade no combate ao desemprego jovem”.
“Destaco também os compromissos para aprofundar a UEM (União Económica e Monetária), utilizando a flexibilidade do Pacto de Estabilidade e Crescimento, mas também a união bancária e a criação de um regime de resseguro do subsídio de desemprego como instrumento de estabilização em tempos de crise”, acentuou a seguir o primeiro-ministro português.
António Costa firmou ainda esperar que se “confirme e clarifique” a visão de Ursula Von der Leyen, durante o debate em plenário [no Parlamento Europeu], sobre temas como “a coesão e o desenvolvimento rural, a importância das regiões ultraperiféricas e a necessidade de responder à crise de habitação na Europa”.
Ursula Von der Leyen vai apresentar as suas orientações políticas para os próximos cinco anos em Bruxelas, que deverão ser entregues aos eurodeputados na terça-feira de manhã, antes do seu discurso em plenário e da votação ao final da tarde. Se os socialistas e os liberais votarem ao lado do Partido Popular Europeu (PPE), Ursula von der Leyen deverá ser aprovada, embora os socialistas alemães já tenham anunciado o seu voto contra. Caso Ursula von der Leyen não passe nesta votação, o Conselho Europeu terá de apresentar um novo nome até 30 dias depois.
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