Segurança Social já “vigia” 2.500 grandes contribuintes

Já são mais de 2.400 as entidades empregadoras portuguesas que são acompanhadas pelos gestores do contribuinte da Segurança Social, uma figura criada para dar resposta a exigências específicas relacionadas com a “volumetria” significativa de contribuições declaradas e com o “número de trabalhadores ao serviço”. Este dado foi avançado ao ECO pelo Ministério do Trabalho e da Segurança Social.

Atualmente, a Segurança Social conta com 49 gestores do contribuintes, número que compara com os 39 registados em 2017. Estes funcionários dependem da Unidade de Contribuintes Estratégicos, que por sua vez está diretamente dependente do Conselho Diretivo do Instituto da Segurança Social.

Em linha com a subida do número de gestores, também o número de entidade empregadoras acompanhadas cresceu, tendo passado de 653 em 2017 para 2.498 em 2019. Destas últimas, 53% estão no distrito de Lisboa, 16% no Porto, 6% em Braga, 5% em Setúbal, 4% em Aveiro e 3% em Viseu. Além disso, das quase 2.500 entidades acompanhadas, 95% são do setor privado e apenas 5% são do setor público.

Tudo somado, os gestores do contribuintes acompanham 26,5% do total de trabalhadores em território nacional, cobrindo 34,1% das contribuições totais mensais, isto é, cerca de 465,5 milhões de euros.

No final de junho e em entrevista ao ECO, a secretária de Estado da Segurança Social indicou a criação desta equipa de gestores do contribuintes como um dos fatores que mais contribuiu para a “correção das contas correntes das grandes empresas”, tendo permitido agilizado a capacidade de cobrança regular da Segurança Social.

No mesmo sentido, lê-se no site da Segurança Social: “O reforço da autonomia e capacidade de atuação do gestor do contribuinte é pois instrumental para se conseguir alcançar, como se pretende, níveis superiores de qualidade no serviço prestado e, a par disso, obter melhores resultados ao nível da cobrança“.