Fed não quer disparar “pólvora seca” e consegue animar Wall Street

Bolsas seguiam em baixas penalizadas pela Netflix, que tombou 10,3%, mas inverteram a tendência com as perspetivas de um corte nos juros da Fed.

As principais bolsas norte-americanas inverteram o sentimento negativo da sessão com os comentários de o presidente da divisão de Nova Iorque Reserva Federal norte-americana, John Williams, que alimentaram ainda mais as expetativas de um corte nos juros de referência pelo banco central dos EUA.

Williams afirmou que, quando a inflação não é satisfatória, o banco central não pode “disparar pólvora seca” e esperar que os possíveis problemas económicos não aconteçam. Chris Zaccarelli, chief investment officer da Independent Advisor Alliance explicou, à Reuters, que o presidente da Fed de Nova Iorque “está a experimentar a água” ao “insinuar que o melhor para a economia neste momento é um corte nos juros”.

As perspetivas de uma ação por parte da Fed ainda este mês impulsionou as ações. O índice industrial Dow Jones fechou com um ganho ligeiro de 0,03% para 27.228,46 pontos, enquanto o financeiro S&P 500 avançou 0,32% para 2.993,90 pontos e o tecnológico Nasdaq 0,22% para 8.202,95 pontos.

Antes dos comentários, Wall Street seguia em baixa, penalizado pelo tombo de 10,3% da Netflix. As ações afundaram até aos 325,21 dólares depois de a tecnológica ter apresentado resultados e anunciado que não só falhou as metas de crescimento nos mercados internacionais como registou, pela primeira vez em oito anos, uma perda líquida de clientes nos EUA.

A Netflix arrancou com a época de resultados das bigtech, seguindo à banca que prestou contas no início da semana. “Os resultados têm estado em linha com as expetativas, mas as empresas têm sido cautelosas sobre os próximos trimestres, o que não permitiu que o S&P 500 se mantivesse acima dos 3.000 pontos”, acrescentou John Augustine, chief investment officer do Huntington Private Bank, à Reuters.

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