Wall Street não resiste e fecha a semana no vermelho
A Fed poderá, afinal, não estar preparada a cortar a taxa de juro em 0,50 pontos percentuais. Nem o entusiasmo com a Microsoft foi suficiente para manter o sentimento positivo dos investidores.
A época de resultados não foi suficiente para manter Wall Street em terreno positivo e as principais praças norte-americanas acabaram por fechar a última sessão da semana no vermelho. A Reserva Federal norte-americana (Fed) poderá, afinal, estar a preparar um corte nos juros menor que o esperado pelo mercado, o que levou as ações a anularem os ganhos do início da sessão.
O Wall Street Journal (acesso pago e conteúdo em inglês) noticiou esta sexta-feira que a Fed não está preparada a cortar a taxa de juro em 0,50 pontos percentuais. Assim, poderá anunciar, na reunião que acontece no final do mês, um corte de apenas 0,25 pontos em reação à desaceleração do crescimento económico e ao impacto da guerra comercial.
A notícia segue-se às declarações do presidente da Fed de Nova de Iorque, John Williams, que tinha dito no dia anterior que a Fed não iria “disparar pólvora seca”. A probabilidade de um corte um corte de 0,5 pontos percentuais nos juros de referência dos EUA afundou dos 71% na quinta-feira para 23% na sexta-feira, de acordo com dados da Reuters.
“Parece que a Fed conseguiu fazer passar a sua mensagem. Estão basicamente a tentar clarificar a política”, afirmou Bucky Hellwig, vice-presidente da BB&T Wealth Management, à agência.
Neste cenário menos otimista para o preço do dinheiro nos EUA, as bolsas fecharam em queda. O industrial Dow Jones caiu 0,25% para 27.154,20 pontos, enquanto o financeiro S&P 500 perdeu 0,54% para 2.978,87 pontos e o tecnológico Nasdaq recuou 0,74% para 8.146,49 pontos.
As ações norte-americanas anularam assim os ganhos do início da sessão, impulsionados pela Microsoft numa semana marcada pelos resultados de tecnológicas e bancos. A empresa fundada por Bill Gates superou as expetativas de receitas, graças a um crescimento de 39% no negócio da cloud e fechou a sessão com uma valorização de 0,15% para 136,62 dólares por ação.
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