Universidades públicas reclamam 10 milhões para compensar redução de propinas
Propina máxima será de 856 euros no próximo ano letivo, menos 200 euros por aluno. Cruz Serra, reitor da UL, alerta que algumas instituições estão "preocupadas e nervosas" com quebra de receitas.
Os reitores das Universidades portuguesas vão exigir um reforço de 10 milhões de euros para lidar com a quebra das receitas com propinas no próximo ano letivo, avança esta manhã a Renascença. Ouvido pela rádio, o reitor da Universidade de Lisboa apontou que as universidades, “ao contrário do que já disseram alguns dirigentes do Bloco de Esquerda”, ainda não receberam qualquer compensação.
De acordo com António Cruz Serra, alguns estabelecimentos de ensino estão “preocupadas e nervosos com a situação”, tendo aproveitado para apelar a que as transferências sejam feitas o mais depressa possível para se “evitar uma gestão em sobressalto da universidade pública”.
O valor máximo das propinas no Ensino Superior público vai fixar-se nos 856 euros no ano letivo de 2019/2020, conforme ficou decidido nas discussões do Orçamento do Estado para 2019, numa medida de que o Bloco de Esquerda reclamou a autoria. Para o partido de Catarina Martins, o objetivo para o próximo ciclo legislativo é acabar com as propinas.
Além dos bloquistas, também o próprio ministro do Ensino Superior já defendeu o fim das propinas, algo que considerou ser possível acontecer “nas próximas décadas” e que “tem de ser vista num processo de convergência com a Europa”. “O ensino superior é de facto uma obrigatoriedade e o seu acesso deve ser livre, sobretudo ao nível da formação inicial”, disse.
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