Revive já garante um milhão de euros de rendas anuais ao Estado
O Governo vai incluir 15 novos imóveis no Programa Revive, para lhes dar um fim turístico através de fundos privados. Os novos edifícios estão maioritariamente em Lisboa e alguns são das autarquias.
Aos 33 primeiros imóveis que o Governo inscreveu no Programa Revive, somam-se agora outros 15. A maioria está localizado na zona de Lisboa, mas também há imóveis no interior do país, e alguns pertencem a autarquias. Dos 17 concursos que já foram lançados até ao momento, o Governo prevê receber um milhão de euros por ano em rendas. Até ao final do mês serão adjudicados mais oito imóveis.
“O Revive teve um papel muito importante em mudar o paradigma da forma como se gere o património do Estado”, começou por dizer a ministra da Cultura esta quinta-feira, durante o lançamento da segunda edição do Revive.
Já para o presidente do Turismo de Portugal, “o resultado é claro”. Os 17 concursos lançados até ao momento vão garantir ao Estado “um milhão de euros de rendas anuais”, num investimento que vai chegar aos 120 milhões de euros, adiantou Luís Araújo.
Para o ministro da Economia, também presente no evento, o Revive “tem um ritmo de concretização muito raro na Administração Pública portuguesa”. Pedro Siza Vieira classificou o programa de “absolutamente notável”, referindo que permitiu que “em tão pouco tempo, tenha sido possível fazer tanto trabalho”. Aos jornalistas, no final do evento, o ministro adiantou que os 17 concursos lançados na primeira edição receberam mais de 500 manifestações de interesse.
Aproveitou ainda para agradecer aos empresários que investem nestes imóveis: “Sei que às vezes as propostas e os desafios que vos são lançados são difíceis. (…) Mas, mais do que o negócio hoteleiro, este programa é um sinal de cidadania cívica“.
Revive é “imparável”. Vêm aí mais 15 edifícios
O Estado anunciou esta quinta-feira os novos 15 imóveis que vão integrar a segunda edição do Programa Revive. A maioria está localizada em Lisboa, mas também há edifícios no interior do país e alguns pertencem mesmo a câmaras municipais.
Na lista estão: Palacete Viscondessa de Santiago do Lobão (Porto), Fortaleza da Juromenha (Alandroal), Mosteiro de S. José (Évora), Forte Velho do Outão (Setúbal), Casa do Outeiro (Paredes de Coura), Castelo de Almada (Almada), Fortaleza da Torre Velha (Almada), Forte da Cadaveira (Cascais), Quinta do Cabo das Lezírias (Vila Franca de Xira), Edifício Pombalino na Praça do Comércio (Lisboa), Casa da Igreja (Mondim de Basto), Quartel das Esquadras (Almeida), Centro Educativo de Vila Fernando (Elvas), Casa das Fardas (Estremoz), Palacete Conde Dias Garcia (S. João da Madeira).
“Este é um passo em frente que mostra que o Revive é imparável e que se transformou numa forma diferente de reabilitar o património”, disse Ana Mendes Godinho, secretária de Estado do Turismo, durante a apresentação, acrescentando que se trata de um “processo muito complexo” e que envolve bastantes entidades.
Esta quinta-feira foi também anunciado o lançamento do 18.º concurso público, para a concessão do Forte da Ínsua, em Caminha. O primeiro imóvel reabilitado ao abrigo do Revive, o Convento de São Paulo, em Elvas, abriu ao público em junho. Foi pelas mãos do Grupo Vila Galé que nasceu o Vila Galé Collection Elvas – Historic Hotel, Conference & Spa, através de um investimento de nove milhões de euros.
Até final do mês estarão oito imóveis adjudicados, que representarão um investimento superior a 54 milhões de euros. Dos primeiros 33 imóveis, três vão novamente a concurso, dado que não receberam interessados ou as propostas apareceram fora de prazo — Convento de S. Francisco (Portalegre), Colégio de S. Fiel (Castelo Branco) e Quinta do Paço de Valverde (Évora).
(Notícia atualizada às 17h24 com mais informação)
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