Atividade internacional puxa lucros da EDP para 405 milhões
A elétrica nacional registou um crescimento de 7% nos resultados líquidos do primeiro semestre. Negócio internacional puxou pelos lucros, enquanto a atividade nacional deu prejuízo.
A EDP fechou a primeira metade do ano com lucros de 405 milhões, um crescimento de 7% face ao mesmo período do ano passado. Esta melhoria é explicada pela empresa liderada por António Mexia com a atividade internacional. No mercado português, a elétrica continua a ser penalizada pelas alterações regulatórias.
“O crescimento de 7% do resultado líquido reflete não só a subida de 11% do EBITDA, mas também um aumento dos custos financeiros, resultado de um aumento do custo médio da dívida em 30 pontos base para 4% (…) e do aumento do peso do dólar americano e do real brasileiro na dívida consolidada, devido do aumento do peso destes mercados no investimento total”, diz a EDP.
“O contributo para a subida do resultado líquido neste período veio sobretudo da nossa atividade global de produção eólica e solar“, acrescenta a empresa em comunicado enviado à CMVM, dando destaque aos novos projetos de energia eólica e solar nos EUA, Europa e Brasil.
“Os resultados do negócio internacional da EDP foram muito positivos, o que permitiu mitigar o prejuízo acumulado, no último ano e meio, no negócio convencional em Portugal”, diz António Mexia, em nota enviada ao ECO. “A aposta continuada numa política de investimento e crescimento internacional, focada em energias renováveis, aliada ao plano de rotação de ativos tem demonstrado ser uma estratégia de sucesso”, acrescenta.
A atividade em Portugal (rede de distribuição, produção hídrica e térmica e comercialização de energia) registou “um prejuízo líquido de 18 milhões na primeira metade de 2019, penalizadas pela manutenção de um contexto regulatório e fiscal adverso, a que se adicionou neste semestre um volume de produção de energia hídrica anormalmente reduzido”, diz a EDP.
Dívida sobe. São 14 mil milhões de euros
Apesar do aumento dos lucros, a EDP reconhece o efeito negativo dos custos financeiros nos seus resultados líquidos. E esses são mais elevados também fruto do aumento do endividamento do grupo liderado por António Mexia que nos primeiros seis meses viu a dívida líquida crescer 4% face ao final do ano passado.
“A junho de 2019, a dívida líquida situava-se nos 14 mil milhões de euros (4% acima de dezembro de 2018), mas ainda 1% inferior ao valor registado em junho de 2018″, diz a EDP.
Para este aumento contribuiu “o elevado montante de investimento líquido de expansão que mais do que duplicou face ao período homólogo (85% do qual alocado ao segmento de renováveis) enquanto o encaixe proveniente da transação de asset rotation anunciada em abril está previsto para o terceiro trimestre”, remata.
(Notícia atualizada às 17h53 com mais informação)
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