Bom salário? Oeiras é o município que tem os rendimentos mais altos do país
A diferença entre os rendimentos mais elevados, registados em Oeiras, e os mais baixos, verificados em Resende, ultrapassa os sete mil euros. A média nacional era de 8.687 euros em 2017.
Dos cerca de 300 municípios portugueses, há 64 que apresentaram, em 2017, valores medianos do rendimento superiores à referência nacional. O primeiro lugar do pódio pertence a Oeiras, seguindo-se Lisboa e Cascais. Em todos eles, os valores estão acima dos dez mil euros anuais.
De acordo com os dados divulgados estar quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em Portugal, o valor mediano do rendimento bruto declarado deduzido do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) liquidado por sujeito passivo foi de 8.687 euros.
Em Oeiras, este valor foi 12.935 euros, enquanto em Lisboa o rendimento bruto declarado deduzido do IRS liquidado por sujeito passivo foi 11.212 euros e em Cascais foi 11.130 euros. Além dos três municípios do pódio, também o Entroncamento, Alcochete, Coimbra, Almada, Porto, Vila Franca de Xira, Évora, Seixal, Aveiro, Marinha Grande, Odivelas e Setúbal apresentam valores acima dos dez mil euros.
Por outro lado, Resende é o município onde o rendimento bruto declarado deduzido do IRS liquidado por sujeito passivo é mais baixo. Em Resende, o valor situa-se nos 5.481 euros. Significa isto que a diferença entre os valores de Oeiras e os verificados em Resende superam os sete mil euros.
Desigualdade nos rendimentos é maior nos Açores. Lisboa vem a seguir
Outra leitura feita pelo INE com base nos dados dos valores medianos de rendimento bruto declarado deduzido do IRS liquidado por sujeito passivo é a da desigualdade, medida através do coeficiente de Gini — indicador que visa sintetizar num único valor a assimetria da distribuição dos rendimentos.
Em 2017, dos 34 municípios com coeficientes de Gini superiores ao valor nacional, de 26,7% (quanto mais elevada a percentagem, maior a desigualdade de rendimentos), 11 registaram também valores medianos de rendimento bruto declarado deduzido do IRS liquidado por sujeito passivo superiores à referência nacional.
“A Região Autónoma dos Açores (28,1%), a Área Metropolitana de Lisboa (27,7%), e as sub-regiões contíguas do Douro (27,7%), do Alto Tâmega (27,6%) e de Terras de Trás-os-Montes (27,0%) apresentaram coeficientes de Gini superiores ao valor nacional, evidenciando uma maior desigualdade na distribuição do rendimento”, explica o INE.
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