Cartel dos camiões leva a avalancha de ações nos tribunais portugueses
Várias empresas estão a pedir indemnizações aos fabricantes de camiões depois de a Comissão Europeia ter descoberto um cartel que operou durante 14 anos.
Depois de a Comissão Europeia ter descoberto que várias entidades tinham participado num cartel de camiões, e de lhes ter aplicado multas recorde de vários milhões de euros, as empresas que compraram camiões nesse período têm enchido os tribunais com pedidos de indemnizações, diz o Jornal de Negócios (acesso pago).
Bruxelas apurou que, entre 1997 e 2004, a MAN, a Volvo/Renault, a Daimler, a Iveco, a DAF e a Scania concertaram os preços dos camiões e acertaram conjuntamente o momento de colocar no mercado unidades mais amigas do ambiente. A estas empresas foi aplicada, em setembro de 2016, uma multa recorde de 2,93 mil milhões de euros, à qual se juntou mais tarde uma nova sanção de 880 milhões de euros.
Agora, as empresas que compraram camiões nesta altura estão a avançar com pedidos de indemnização, exigindo o ressarcimento do valor adicional que pagaram por ter havido um cartel que estabeleceu os preços e ainda o custo que tiveram com camiões menos amigos do ambiente, já que não puderam, nesse período, comprar unidades menos emissoras de gases poluentes.
Só nas últimas semanas entraram mais de 65 ações no Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão de Santarém, cujo valor das indemnizações pedidas é de, pelo menos, 16 milhões de euros, apurou o Negócios. Mas este valor pode chegar aos 100 milhões de euros.
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