Aeroporto de Lisboa tem combustível para quatro dias. Em Faro há para três
Neste momento, capacidade dos 320 postos que integram a rede REPA está nos 40 a 50%. As restantes bombas de gasolina têm a sua capacidade entre 40 e 45%. ENSE garante que são os valores normais.
“Neste momento o Aeroporto de Lisboa e o Aeroporto de Faro estão completamente abastecidos“, garantiu o presidente da Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE).
“O aeroporto de Lisboa tem combustível para quatro dias e o aeroporto de Faro para três dias, apesar de os voos continuarem a ser realizados normalmente e o abastecimento estar a funcionar em pleno”, explicou ao primeiro-ministro Filipe Meirinho, numa visita guiada que António Costa fez às instalações desta instituição para avaliar o nível de preparação para a greve dos motoristas que se inicia às zero horas de segunda-feira.
António Costa durante a visita voltou a reiterar a ideia de que o país não tem falta de combustível mas sim um problema de distribuição do mesmo e frisou que “apesar de haver uma rede de emergências a pessoas vão sempre sentir os feitos da greve”.
A ENSE está a monitorar em tempo real a capacidade dos postos de abastecimento em Portugal, não só os que fazem parte da REPA, mas dos 3.046 postos de abastecimento existentes no país.
Relativamente aos 320 postos que integram a Rede de Emergência de Postos de Abastecimento (REPA), que têm um limite de abastecimento de 15 litros de combustível por pessoa, o presidente da ENSE disse que “a capacidade está nos 40 ou 50%”, mas “continuam a ser abastecidos”. Os restantes postos estão entre 40 e 45% e também estão a ser abastecidos” este domingo. O responsável deu mesmo o exemplo de um posto em Portimão que foi abastecido com 30 mil litros.
Estes valores entre os 30 e os 40% é o normal, garantiu Filipe Meirinho, porque “um posto nunca está completamente abastecido”. “Os 100% é utópico”, acrescenta. Além disso, a capacidade dos postos é muito variável. Uns podem ter 100 mil litros enquanto outros terão 20 mil. A rede REPA estão disponíveis desde da meia-noite de hoje.
“A ENSE fez uma recomendação para se iniciar um reforço antes de se iniciar o período de greve e isso fez com que os stocks passassem dos postos para os tanques das viaturas, assim nos próximos três, quatro ou cinco dias não se faça sentir uma nova necessidade de recorrer aos postos”, disse o responsável.
Nesta visita, Filipe Meirinho também avançou que o Algarve tem os depósitos de gás cheios para assegurar o funcionamento dos hospitais e unidades hoteleiras. “Há unidades autónomas de gás no Algarve que têm combustível suficiente para sete ou oito dias”, disse.
Neste briefing operacional, o primeiro-ministro recebeu um ponto de situação de como as autoridades estão a preparar a greve, por tempo indeterminado convocada pelos motoristas e que levou o ministro da Administração Interna a apelar no sábado aos portugueses para que usem de forma criteriosa o combustível.
O Executivo optou por não acionar preventivamente a requisição civil, mas decretou serviços mínimos que oscilam entre 50% e 100%. Um valor invulgarmente elevado, mas que foi validado pelo parecer do Conselho Consultivo da Procuradora Geral da República. Ontem os sindicatos, no final do plenário conjunto que determinou que a greve iria avançar comprometeram-se a cumprir esses mesmo serviços mínimos.
(Notícia atualizada)
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