Retaliação de Pequim derruba Wall Street
China anunciou bateria de novas taxas a impor a bens norte-americanos já a partir de 1 de setembro. Investidores desanimados esperam por indícios positivos do presidente da Fed.
A minutos de um muito aguardado discurso de Jerome Powell, presidente da Reserva Federal norte-americana, no Fórum de Jackson Hole, os mercados norte-americanos abriram em queda esta sexta-feira, contaminados pela divulgação, pouco antes da abertura, das medidas de retaliação comercial decretadas por Pequim. As medidas visam um total de 75 mil milhões de dólares em bens norte-americanos exportados para a China — e que vão ser taxados entre 5% e 10% a partir de 1 de setembro, daqui a pouco mais de uma semana.
Após os primeiros minutos de negociação, o Dow Jones está a perder 0,35% para 26.160,50 pontos, o Nasdaq recua 0,54% para 7.948,10 pontos, e o S&P-500 desvaloriza 0,48% com 2.908,96 pontos.
A intervenção de Jerome Powell, que terá de ter em conta agora este novo capítulo da guerra comercial EUA-China, e a oficialização das medidas retaliatórias da China, tem não só impacto nos Estados Unidos como nas bolsas europeias, cujas cotações já refletem as notícias sobre as tarifas chinesas e ainda poderão vir a refletir as reações ao discurso na reta final das negociações, ainda que neste caso será menos impactante para o mercado português.
“É importante frisar que o grau de reação do PSI-20 às palavras do presidente da Fed (independentemente se se conciliam ou não com a as expectativas dos investidores) poderá ser menor do que no resto da Europa. Geralmente, os setores tecnológicos e automóvel figuram entre os mais reativos às questões macroeconómicas. Não dispondo o PSI-20 de ações deste tipo, é expectável que a reatividade do mercado nacional seja então menor”, dizem os analistas do BPI.
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