Juros da dívida portuguesa são os que mais caem
Taxa a dez anos lusa é a que mais alivia, com o mercado a apostar na extensão de estímulos económicos pelo BCE na última reunião do ano que decorre esta semana.
O vermelho marca a evolução das yields da dívida soberana um pouco por toda a Europa, perante a expectativa de que o Banco central Europeu (BCE) venha a anunciar esta quinta-feira, um reforço do programa de compra de ativos. A dívida nacional é a que mais partido parece estar a tirar deste cenário.
A taxa de juro a dez anos, referência para a dívida soberana nacional, alivia mais de dez pontos, a maior quebra entre os pares europeus. A taxa segue nos 3,531%, sendo que esta manhã já tocou um mínimo de três semanas, nos 3,506% (mínimo de 15 de novembro). Para os restantes países periféricos, a evolução dos juros também é de descida. A taxa a dez anos da dívida soberana italiana recua 4,1 pontos base, para os 1,902%, enquanto a espanhola recua 2,4 pontos base até aos 1,468%. Os juros das bunds alemãs acompanham esse alívio, com a taxa a dez anos a descer 2,1 pontos base, para os 0,351%.
Evolução da taxa de juro portuguesa a 10 anos
A generalidade dos analistas antevê que o BCE anuncie esta quinta-feira, a extensão do atual programa de compra mensal de dívida de 80 mil milhões de euros, para além de março do próximo ano. Uma grande parcela prevê que a entidade liderada por Mario Draghi estenda até setembro do próximo ano este programa que visa suportar a economia europeia, mas sobretudo a dos países periféricos. Facto que poderá ajudar a explicar que seja a dívida soberana desses países que esteja a sentir o maior alívio dos juros no mercado secundário.
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