Mais de 90 mil pessoas pediram nacionalidade portuguesa em seis meses
O maior número de pedidos chega do Brasil e da Venezuela. As alterações à lei e a instabilidade política dos países pode explicar o aumento da procura. Em Lisboa, há serviços a abrirem às 7h30.
Nos primeiros seis meses deste ano deram entrada 90.274 pedidos de nacionalidade portuguesa. Estes números representam um aumento de 3.448 pedidos face aos registados nos primeiros sete meses do ano anterior. A alteração à lei da nacionalidade e a instabilidade política de alguns países pode explicar o aumento na procura.
Segundo os dados do Ministério da Justiça citados pelo Público (acesso pago), entre 1 de janeiro e 31 de julho de 2018 foram registados 86.826 pedidos. O maior número de pedidos chega do Brasil e da Venezuela e “os números estão a galopar de ano para ano”, explica a vice-presidente do Instituto dos Registos e do Notariado (IRN), Sofia Carvalho.
A procura pode ser explicada pelas alterações efetuadas em 2015 e 2018 à lei da nacionalidade e a instabilidade política de alguns países, como é o caso da Venezuela e do Brasil. Destaca-se ainda um aumento dos pedidos por parte de descendentes de judeus sefarditas — expulsos de Portugal a partir do final do século XV até ao início do século XVI –, dado que desde 2015 foi permitido “a aquisição de nacionalidade portuguesa até aos netos”, refere Sofia Carvalho.
Para colmatar o aumento da procura e reduzir as filas de espera, desde o dia 26 de agosto que a Conservatória dos Registos Centrais, em Lisboa, inicia os serviços às 7h30, adianta a vice-presidente.
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