CDS ultrapassa PSD e quer IRC a 17% já em 2020

O programa eleitoral que Assunção Cristas apresenta esta quinta-feira prevê uma descida da taxa de IRC mais ambiciosa do que a que é proposta pelo PSD.

A guerra pelo espaço político à direita está a aumentar à medida que se aproxima a ida às urnas. O CDS já tinha avançado que quer baixar a taxa de IRC para 12,5% a seis anos mas, no programa eleitoral que apresenta esta quinta-feira, a líder Assunção Cristas sobe a parada e propõe uma redução da taxa de IRC para 17% já no próximo ano.

“Para o CDS, uma estratégia para a competitividade tem necessariamente de passar por uma aposta na redução dos impostos sobre a atividade empresarial, e por isso comprometemo-nos a colocar o IRC a 17% já em 2020, recuperando a reforma do IRC que estava em curso“, lê-se no documento.

Mas se para os centristas este é um objetivo intermédio, para os sociais-democratas esta é a meta final no que respeita à redução da taxa de IRC. O PSD quer baixar o IRC de 21% para 17%, de forma faseada e estima que este alívio para as empresas custará 1.600 milhões de euros aos cofres públicos. Rio admite que se a economia crescer menos que o previsto no cenário macroeconómico, o PSD admite fazer uma redução de impostos mais lenta.

O programa dos centristas prevê uma trajetória para a taxa de IRC que vai mais longe ao propor que esta fique em 12,5% em 2026. “O objetivo do CDS é equiparar o IRC de Portugal com o IRC da Irlanda, o país que melhor tem conseguido utilizar a competitividade fiscal enquanto instrumento de crescimento. Queremos crescer tanto e tão bem como a Irlanda, e preferimos direcionar o nosso esforço e as nossas políticas seguindo as boas práticas irlandesas, em vez de nos lamentarmos da sua capacidade competitiva“.

“Desta forma propomos, num espaço de seis anos, ter o IRC de Portugal em 12,5%, uma redução ambiciosa mas possível, que transformará Portugal num dos países europeus mais atrativos para o investimento”, dizem os centristas.

A descida de impostos é uma das principais apostas do CDS no programa que leva às urnas a 6 e outubro, onde consta também um alívio no IRS.

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