PS ganha vantagem. Mas fica abaixo da maioria absoluta, dizem sondagens
Os resultados de duas sondagens mostram que os socialistas vão à frente na corrida às legislativas de outubro, porém, sem alcançar uma maioria absoluta.
Se já fosse dia de eleições legislativas, o PS seria o vencedor, com mais de 37% das intenções de voto, porém, sem maioria absoluta. Esta é a conclusão de duas sondagens realizadas na primeira semana de setembro, que estimam ainda que atrás dos socialistas fiquem os sociais-democratas, com pouco mais de 20%.
De acordo com a sondagem da Intercampus para o Jornal de Negócios e Correio da Manhã, o PS tem 37,9% das intenções de voto, elegendo 114 deputados. Ou seja, ficaria apenas a dois deputados de alcançar a maioria absoluta no Parlamento. Este resultado vem confirmar as conclusões de outras sondagens já realizadas que também dão vantagem ao Partido Socialista.
Esta sexta-feira foi também divulgada uma outra sondagem, da Aximage para o Jornal Económico, que revela a mesma tendência — o PS leva aumenta a vantagem, com 38,4% das intenções de voto (mais 0,3 pontos percentuais face à sondagem anterior), mas igualmente sem alcançar a maioria absoluta.
O ministro das Finanças, em entrevista à TSF, veio reforçar a necessidade de o partido alcançar essa maioria porque “há objetivos que são mais fáceis de atingir”. Apesar de frisar que não é impossível governar sem a maioria, lembra que houve metas que não foi possível alcançar na atual legislatura.
Em ambas surge o PSD como o segundo favorito dos portugueses, com 23,6% das intenções de voto, conseguindo eleger 67 de acordo com a sondagem do Negócios e com 20,6% dos votos na sondagem da Aximage, o que representa um mínimo de 2019, já que o partido liderado por Rui Rio cai 0,1 pontos percentuais face à sondagem anterior. Este resultado não agrada, claramente, ao líder dos sociais-democratas. Rui Rio, em entrevista à Antena 1, afirmou que “obviamente 20% era muito mau” e colocaria em causa a sua liderança. “Se o PSD tivesse um resultado baixíssimo obviamente o que é que uma pessoa fica lá a fazer?”, disse.
As sondagens apontam o Bloco de Esquerda como a terceira maior força política, com 10,2% das intenções de voto segundo a Aximage e 9,8% de acotrdo com a Intercampus, à frente da CDU com 5,4% e 8,6%, de acordo com as respetivas sondagens.
Os restantes dois partidos com assento parlamentar — PAN e CDS — disputam em ambas as sondagens o quinto e o sexto lugar. A Aximage, do Económico, aponta para uma vantagem do PAN (4,9% das intenções de voto) sobre o CDS (4,6% das intenções de voto), enquanto a Intercampus (Negócios) troca a ordem: CDS com 6,3% das intenções de voto e o PAN com 5,2%.
A Intercampus também sondou os inquiridos sobre a imagem dos líderes partidários, concluindo que André Silva (2,8 pontos numa escala até dez), do PAN, é mais bem visto do que os líderes do PSD (2,6 pontos) e do CDS (2,5 pontos). António Costa obteve 3,3 pontos e Catarina Martins 3,1 pontos. Jerónimo de Sousa teve uma nota de 2,9 pontos.
Para ver as fichas técnicas das sondagens clique aqui (Jornal de Negócios) e aqui (Jornal Económico).
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