Jerónimo de Sousa quer 1% do Orçamento para a Cultura e responde a Catarina Martins
O líder do Partido Comunista Português (PCP), Jerónimo de Sousa, quer que 1% do Orçamento do Estado seja para a área da Cultura. E responde às últimas declarações da líder do BE, Catarina Martins.
Jerónimo de Sousa juntou-se este domingo a centenas de turistas na visita ao Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa, e, como líder do PCP, defendeu um por cento do Orçamento para a Cultura. Além disso, respondeu a Catarina Martins, que disse numa entrevista que o voto útil para evitar uma maioria absoluta do PS é no BE.
A três semanas das eleições legislativas, Jerónimo de Sousa prometeu bater-se por uma “proposta estrutural de reforço das verbas para a Cultura” para que esta área tenha 1% do Orçamento do Estado. “Com o reforço da verba orçamental, podemos não conseguir dar as respostas todas, mas encontraremos as respostas mais urgentes para a cultura, para o nosso património, para os museus”, disse.
Jerónimo de Sousa recordou ainda que, no anterior governo PSD-CDS, foram cortadas verbas para a cultura e que foi “nesta nova fase da vida política nacional”, uma medida com o apoio do PCP, que se retomou “o princípio da gratuidade da visita aos museus aos domingos e feriados”.
Os comunistas estão também preocupados com a necessidade de pessoal dos museus, à medida que os profissionais mais velhos, com mais conhecimentos e memória, forem saindo para a reforma.
Voto útil é no BE? Catarina Martins “lá saberá porque é que diz”
O secretário-geral do PCP respondeu ainda com um sorriso à posição do Bloco de Esquerda de que o voto útil à esquerda contra a maioria absoluta do PS é nos bloquistas e pediu um reforço da votação na CDU.
Questionado sobre o que pensa da afirmação de Catarina Martins de que o voto útil dos socialistas nas legislativas de 6 de outubro que não querem maioria absoluta do PS é no BE, Jerónimo de Sousa respondeu: “Não acho nem deixo de achar. O Bloco lá saberá porque é que diz ou não”.
Depois de uma visita matinal ao Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa, o líder dos comunistas insistiu no reforço da votação na CDU, a coligação integrada pelo PCP, PEV e independentes, para travar uma eventual maioria absoluta dos socialistas e enumerou alguns riscos.
Se ficar “de mãos livres” após as eleições, Jerónimo de Sousa afirmou-se preocupado que o PS “negue algumas das alterações positivas que se verificaram na vida dos portugueses” nos últimos quatro anos, durante o governo minoritário do socialista António Costa, com o apoio parlamentar da esquerda.
O secretário-geral comunista deu o exemplo das declarações à TSF do ministro das Finanças, Mário Centeno, a defender uma maioria absoluta para “conseguir mais rápido os objetivos” do Governo.
A coordenadora bloquista, Catarina Martins, defende que nas eleições legislativas o voto útil dos socialistas que não querem maioria absoluta é no BE, considerando que o crescimento do partido que lidera “pode ser o fator decisivo” para a impedir.
As maiorias absolutas foram um dos temas da entrevista de Catarina Martins à agência Lusa, na qual a líder do BE insiste na ideia de que “uma maioria absoluta é perigosa”, até “pelas experiências passadas” que Portugal teve com este tipo de resultado eleitoral, um perigo que “toda a gente reconhece”, incluindo o primeiro-ministro, António Costa.
“Se há um voto útil dos socialistas que não querem maioria absoluta nestas eleições é no Bloco de Esquerda”, sugere.
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