Labour 2030: Conferência sobre o futuro do trabalho com boas vindas de um robot
O Labour 2030 teve início este quinta-feira na Alfândega do Porto. No II congresso internacional vão decorrer várias sessões compostas por diferentes oradores de vários países do mundo.
O Porto voltou a acolher esta quinta-feira o congresso internacional sobre o futuro do trabalho e das relações laborais. O Labour 2030 vai reunir os maiores especialistas mundiais, com vasta experiência, durante os próximos dois dias, na Alfândega do Porto.
Numa altura em que muito tem sido dito sobre o papel dos robots no futuro do mercado de trabalho e emprego, a abertura da conferência esteve a cargo do TEK, um robô, que afirmou que não podia perder “a oportunidade de fazer parte da maior discussão do mundo sobre o futuro do trabalho”.
Para o primeiro painel, António Costa, publisher do ECO, sentou-se com Pedro Duarte, da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), e Rui Moreira, presidente da câmara municipal do Porto.
À pergunta de António Costa, moderador do painel, sobre se Portugal “está preparado para a revolução industrial“, o presidente da câmara do Porto lembrou que esta questão não é uma questão nacional. “A revolução industrial provocou enormes transformações mas nunca estamos preparados para elas. Temos de nos adaptar às circunstâncias”, explicou Rui Moreira. Sobre a possibilidade da extinção de postos de trabalho, o presidente evidenciou que esse fenómeno se sentirá tendencialmente no setor privado e assegurou que no setor público os empregos artificiais ainda se vão manter.
Pedro Duarte, presidente do Conselho Estratégico da Economia Digital da CIP, abordou o impacto da automação, em particular no mercado português. Segundo um estudo encomendado pela CIP à Universidade Nova, prevê-se que em 2030, 67% dos postos de trabalho sejam automatizados, sendo que apenas 26% serão efetivamente alterados. Cerca de um milhão dos atuais empregos vão desaparecer, segundo Pedro Duarte. Contudo, serão criados novos empregos através do mundo digital.
Questionado sobre os investimentos estrangeiros que o Porto tem recebido, Rui Moreira afirma que a aposta das multinacionais advém do reconhecimento de que a Invicta, além de ser lugar confortável e seguro, possui mão-de-obra qualificada, principalmente na área das engenharias.
O presidente da câmara municipal do Porto concluiu a sessão de abertura alertando para a necessidade dos profissionais retornarem com regularidade à academia, uma vez que considera que a busca de soft kills é o grande desafio atual da sociedade neste âmbito.
No II congresso internacional Labour 2030 vão decorrer várias sessões compostas por diferentes oradores de vários países do mundo.
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