BCP prepara nova emissão de dívida de alto risco. Operação avança “em breve”

O banco liderado por Miguel Maya está a preparar "uma potencial emissão de títulos de dívida subordinados". Quer emitir títulos Tier 2 para cumprir com os rácios exigidos pelo BCE.

O Banco Comercial Português (BCP) está a preparar-se para voltar ao mercado de dívida de alto risco. Já mandatou bancos para prepararem uma emissão de títulos de nível 2 (AT2), admitindo que a decisão final sobre a operação poderá ser tomada “em breve”.

O banco “mandatou o Credit Suisse, a Goldman Sachs International, o JP Morgan e o Millennium BCP para atuar enquanto Joint Lead Managers no contexto de uma potencial emissão de títulos de dívida subordinados”, diz a instituição liderada por Miguel Maya.

O objetivo é que esta emissão de dívida de taxa fixa tenha um prazo de dez anos e seis meses, havendo a possibilidade de reembolso antecipado, por parte do banco, uma vez decorridos cinco anos e seis meses, concretiza ainda a instituição.

“Pretende-se que a emissão venha a preencher os requisitos regulamentares necessários para poder ser classificada como instrumento de fundos próprios de nível 2”, refere o comunicado, onde é explicitado que “dependendo das condições de mercado, o banco poderá decidir realizar a operação em breve”.

O BCP foi ao mercado no início deste ano colocar títulos de alto risco, mas nessa altura foram emitidos 400 milhões de euros em instrumentos de fundos próprios adicionais, mas de nível 1 (AT1). Na ocasião o banco pagou uma taxa de juro de 9,25%.

Antes desta emissão de AT1, igual àquela que o BPI acabou de fazer junto do CaixaBank, o BCP tinha feito uma outra de títulos de nível 2, igual à que vai agora realizar, em novembro de 2017. Na altura conseguiu uma taxa de cupão de 4,5% para colocar 300 milhões de euros em dívida subordinada a dez anos.

A mais recente operação de AT2 foi levada a cabo pela CGD. Em junho de 2018, o banco de capitais públicos emitiu 500 milhões de euros em obrigações subordinadas classificadas para contar para o capital Tier 2. A maturidade foi de dez anos, tendo a CGD pago uma taxa de juro de 5,75% aos investidores que participaram na operação.

(Notícia atualizada às 13h15 com mais informação)

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