Rui vê “todas as condições” para PSD formar Governo com CDS na Madeira
"Ouvi muito Carlos César dizer que já lhe cheirava a vitória do PS na Madeira. Espero que relativamente às eleições de 6 de outubro lhe esteja a cheirar exatamente à mesma coisa", ironizou Rio.
O presidente do PSD, Rui Rio, considerou que o resultado do partido na Madeira, uma vitória sem maioria absoluta, “é muitíssimo bom” e que “há todas as condições” para formar Governo com o CDS-PP.
“Naturalmente, respeitamos sempre a autonomia do PSD/Madeira, mas aquilo que são as informações que tenho, é que há todas as condições para que se forme um Governo de maioria através de negociações com o CDS”, afirmou Rui Rio, em conferência de imprensa na sede nacional do PSD, em Lisboa. Isto apesar de o socialista Paulo Cafôfo ter desafiado todos os partidos da oposição a formar um entendimento de base alargada.
O PSD venceu as eleições regionais da Madeira, deste domingo, com 39,42% dos votos, mas perdeu, pela primeira vez, a maioria absoluta, elegendo 21 dos 47 deputados. Contudo, com os três deputados eleitos pelo CDS é possível formar um governo de coligação com maioria absoluta (24 deputados). E já há contactos entre os dois partidos como confirmou Miguel Albuquerque.
“Ouvi muito recentemente o presidente do Partido Socialista, Carlos César, dizer que já lhe cheirava a vitória do PS na Madeira. Espero que relativamente às eleições de 6 de outubro lhe esteja a cheirar exatamente à mesma coisa”, ironizou Rui Rio, em declarações transmitidas pela RTP3. Mas quando questionado sobre o eventual impacto do escrutínio deste domingo nas legislativas, Rui Rio sublinhou que “cada eleição é uma eleição”. Exatamente a mesma terminologia utilizada minutos antes por António Costa. Mas acrescentou que este resultado “moraliza sempre”.
O líder do PSD defendeu ainda que “o resultado do voto útil” na Madeira “ditou o desaparecimento do Bloco de Esquerda, uma brutal queda do Partido Comunista e a derrota do Partido Socialista”. Para Rui Rio é extraordinário que o PSD volte a vencer as eleições ao fim de 43 anos no poder, ainda que eleja menos deputados e não tenha conquistado a maioria absoluta. “O PSD teve 43 anos de vitórias, já não estamos no tempos em que conseguia ter mais de 50% dos votos”, frisou. “O normal é que as vitórias não sejam por maioria absoluta”, acrescentou, numa recado para as legislativas de 6 de outubro.
“Não podemos esperar que ao fim de meio século o PSD tivesse sistematicamente maiorias absolutas“, disse o presidente do PSD, que elogiou Alberto João Jardim por esse feito. “43 anos de vitórias é uma marca difícil de igualar e não é possível ter este resultado sem um grande trabalho, que os madeirenses têm sistematicamente reconhecido ao PSD”, disse. “Nenhum presidente do PSD quer ser aquele que um dia vai estar à frente do partido quando, inevitavelmente, um dia o PSD perder as eleições na Madeira”, concluiu.
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