Maior coleção de carros portuguesa rendeu mais de dez milhões. Veja por quanto foi vendido cada um
A estrela do leilão da coleção de Sáragga foi um Bentley de 1931, vendido por 680.000 euros. Por outro lado, o automóvel mais barato, um Mini de 1973, foi arrebatado por 4.600 euros.
Os quase 130 automóveis da maior coleção de carros portuguesa, que pertencia a Ricardo Sáragga, já têm novos donos. O leilão, que ocorreu no passado fim de semana numa herdade entre a Comporta e Alcácer do Sal, rendeu mais de dez milhões de euros, com o automóvel mais valioso, um Bentley de 1931, a fixar-se nos 680 mil euros.
Segundos a Sotheby’s, que foi a leiloeira responsável, o valor angariado foi de 10.192.425 euros. O montante ficou, ainda assim, abaixo da avaliação da coleção, que rondava os 11 milhões de euros. Entre os desportivos e clássicos, as raridades e os icónicos, a estrela do leilão foi — como já era esperado — o Bentley 8-Litre Tourer.
O automóvel foi leiloado por 680 mil euros, mas ainda podia ter brilhado mais. O intervalo de avaliação deste modelo, do qual foram produzidas apenas 100 unidades, situava-se entre os 700 mil euros e os 800 mil euros, o que significa que o valor decidido no leilão foi, contudo, 20 mil euros inferior ao mínimo estimado.
Este era um dos automóveis mais aguardados do leilão. Em 1930, quando o carro foi apresentado, em Londres, impressionou os jornalistas especializados da época, com o The Sphere a descrever o 8-Litre como um “dos melhores exemplos de sempre da qualidade da engenharia automóvel britânica”. Agora, esperava-se que o veículo voltasse a impressionar.
A seguir ao Bentley, quem também brilhou — e ultrapassou expectativas — foi o Porsche 911 Carrera RS 2.7 Touring, de 1973. O automóvel foi leiloado por 602.375 euros, superando mesmo o intervalo que tinha sido estabelecido (entre 450 mil e 550 mil euros).
Em matéria de superar o valor de venda previsto, um dos protagonistas foi o Alpine-Renault. Inspirado nos ralis, o desejo era que o automóvel alcançasse um valor entre os 60 mil e os 80 mil euros, mas o carro acelerou até aos 195.500 euros.
O leilão contou, ainda, com um produto nacional: o Sado 550. Era um dos veículos mais baratos do leilão (5.000 euros – 10.000 euros) e foi vendido por 6.900 euros. Este automóvel, de 1983, é um dos cerca de 500 que foram produzidos em Setúbal. Uma espécie de “microcarro”, que “era perfeito para as ruas estreitas de Portugal”, lê-se no catálogo que agrega os carros leiloados.
Ainda assim, o português não foi o carro que originou o preço mais baixo do leilão. Esse título foi para o Mini 100, de 1973, vendido por 4.600 euros.
“Era uma coleção muito grande e realizamos uma venda significativa num mercado completamente novo”, diz Paul Darvill, especialista em automóveis da RM Sotheby’s, acrescentando que “muitos lotes excederam as estimativas”. O leilão contou com centenas de compradores, entre os quais estavam representados 38 países.
Veja aqui alguns dos automóveis que foram a leilão, bem como os valores de venda:
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Maior coleção de carros portuguesa rendeu mais de dez milhões. Veja por quanto foi vendido cada um
{{ noCommentsLabel }}