Estado dá já dez milhões para primeiro parque eólico flutuante do país. Trava subida das tarifas para os consumidores
O Estado fará em dezembro uma transferência inicial, que pode chegar aos dez milhões de euros, seguindo-se uma contribuição anual durante o período de 25 anos.
O Estado, através do Fundo Ambiental, vai apoiar o projeto Windfloat, o primeiro parque eólico flutuante em Portugal, de modo a diminuir os custos da ligação por cabo submarino à rede de energia, que poderia fazer aumentar os preços pagos pelos consumidores. Na primeira contribuição, avança com dez milhões de euros, seguidos de uma contribuição anual durante os próximos 25 anos.
Para “minimizar o impacto deste investimento nas tarifas aplicáveis ao consumidor, considera-se necessário complementar o referido apoio através do recurso a fundos do Estado, até ao montante máximo de dez milhões de euros, através do Fundo Ambiental, caso a execução financeira do corrente ano o permita”, lê-se na resolução publicada esta quinta-feira em Diário da República (DR). Esta transferência inicial, em função da execução financeira de 2019, deverá ser feita já no próximo mês de dezembro.
O texto determina, ainda, o cofinanciamento anual, pelo Fundo. Pelo período de 25 anos, o Fundo Ambiental deverá “transferir para o SEN, pelo período de 25 anos a começar em 2020, receitas provenientes das licenças de carbono”.
Prevê-se que parte do financiamento público ao investimento provenha do Fundo de Coesão, até ao montante máximo de 30 milhões de euros, caso a candidatura seja aprovada.
Esta é a primeira instalação eólica marítima em todo o mundo que não exige o uso de equipamentos pesados de elevação em alto-mar. O parque eólico será composto por três turbinas eólicas e serão montadas em plataformas flutuantes ancoradas no fundo do mar, a uma profundidade de 100 metros. Estas turbinas vão fornecer ao complexo uma capacidade total de 25 MW, o que equivale à energia consumida por 60 mil casas no período de um ano.
Esta central eólica flutuante pertence ao consórcio Windplus, detido conjuntamente pela EDP Renováveis (54,4%), ENGIE (25%), Repsol (19,4%) e Principle Power (1,2%).
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