Furacão Lorenzo provoca 118 ocorrências. Costa já não vai aos Açores

  • ECO
  • 2 Outubro 2019

Foram registadas 118 ocorrências nos Açores na sequência da passagem do furacão Lorenzo. Não há feridos. Parte do molhe das Lages pode ter desaparecido. Costa já não vai ao arquipélago.

O furacão Lorenzo provocou, 118 ocorrências nos Açores, segundo números mais atuais da Proteção Civil dos Açores, e 36 desalojados. O pior furacão dos últimos 26 anos no arquipélago provocou o maior número de estragos na Ilha do Faial.

“Segundo as previsões do IPMA [Instituto Português do Mar e da Atmosfera], o pior, a situação de maior risco, está neste momento ultrapassada”, disse António Costa, pouco depois das 9h00 (8h00 nos Açores), em declarações aos jornalistas na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, no concelho de Oeiras (distrito de Lisboa).

António Costa, que tem estado em “contacto permanente” com o presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, referiu que pela hora do almoço a situação deverá estar normalizada, embora as condições marítimas se mantenham “bastante alteradas”. Por isso, o chefe de Governo disse que afinal já não se vai deslocar aos Açores.

Num novo ponto de situação, o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores, Carlos Neves, revelou que o número de pessoas desalojadas aumentou para 26, que aumentou depois para 36. “Deveu-se nomeadamente a dois fatores — umas situações em São Jorge e nas Flores, que tiveram a ver com infiltração de água nas habitações, com o levantamento das telhas, e depois temos a situação de 19 pessoas na cidade da Horta, que necessitaram ser realojadas, porque houve galgamento do mar na zona da Avenida 25 de Abril”, adiantou aos jornalistas citado pela Lusa.

O anterior ponto de situação, feito pouco antes das oito da manhã, dava conta de 50 ocorrências: “três na ilha Terceira, sete em São Jorge, sete no Pico, 20 no Faial, 14 nas Flores e duas no Corvo“, disse Carlos Neves, da Proteção Civil dos Açores. O responsável acrescentou ainda que “se registaram duas situações de desalojados em São Jorge e três nas Flores já resolvidas, porque as pessoas já foram alojadas”, acrescentou.

O furacão Lorenzo baixou já para categoria 1, na intensidade prevista pela Proteção Civil açoriana. Mas ainda assim há vários cortes de energia e redes de telemóvel e de comunicações “ainda têm alguns problemas”, confirmou Carlos Neves, em declarações transmitidas pela Sic Notícias.

Está ainda a ser confirmada uma situação no porto das Lages das Flores “com desaparecimento de parte do molhe, do edifício de apoio e alguns contentores”, revelou ainda o responsável da Proteção Civil dos Açores, sublinhando que não há qualquer friso a registar.

O pico do furacão era esperado por volta das 6h00 (7h00 em Portugal continental). A rajada mais forte registada até ao momento pelo IPMA foi de 163 km/h, no Corvo. Por isso foram encerradas 61 estradas em várias ilhas dos Açores.

O “Lorenzo” irá afetar todo o arquipélago, mas “especialmente” a ilha das Flores e a do Corvo, indica ainda o IPMA, sublinhando que os efeitos da tempestade começarão a sentir-se progressivamente madrugada dentro e na manhã de quarta-feira.

(Notícia atualizada às 11h05 com novo ponto de situação)

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