Já não basta o PAN. PS precisa de Bloco ou PCP para formar nova geringonça

  • ECO
  • 3 Outubro 2019

PS precisa do apoio da CDU ou do Bloco. Basta um deles para formar um governo maioritário, dispensando assim reeditar a solução da geringonça a três. PSD sobe nas intenções de voto.

António Costa está mais longe da maioria, mas só precisa dos votos do Bloco de Esquerda ou da CDU para formar Governo. De acordo com a nova sondagem da Intercampus para o Correio da Manhã e o Jornal de Negócios (acesso pago), a três dias das eleições legislativas, o PS reúne 35% das intenções de voto e o PSD 26,1%.

A sondagem revela que o PS está em rota descendente, já que no barómetro de setembro da Intercampus, os socialistas estavam à beira da maioria absoluta, conseguindo eleger 114 deputados. Nesse cenário bastava o apoio do PAN para atingir esse patamar. Mas agora, com uma queda de três pontos percentuais, o PS só deverá conseguir 104 mandatos.

De acordo com os novos números, que já integram parcialmente o efeito Tancos, já que o trabalho de campo começou a ser feito a 26 de setembro, é necessário o apoio da CDU ou do Bloco. Mas basta um deles para formar um governo maioritário, dispensando assim reeditar a solução da geringonça a três. De sublinhar que tanto o partido de Jerónimo de Sousa, como de Catarina Martins também estão em queda, tal como o PS. O Bloco conseguirá eleger 17 deputados de acordo com as 8,7% das intenções de voto e a CDU 16 (8%).

Estes dados colocam o PS com um pior resultado face à sondagem diária feita pela Pitagórica para a TSF, Jornal de Notícias e TVI, que dá ao PS 37,4% das intenções de voto e em rota ascendente, ao contrário de todos os outros partidos. Já Rui Rio reúne 28,5%. Já na terça-feira a sondagem da Universidade Católica para o Público e para a RTP, que indicava que o PS recolhia 37% das intenções de voto com o PSD a chegar aos 30%, estreitando-se o fosso entre os dois maiores partidos na corrida à Assembleia da República.

António Costa, numa ação de campanha na noite de quarta-feira fez um veemente apelo para que “ninguém olhe para as sondagens a pensar como vai votar, porque existem sondagens para todos os gostos: Um dia temos maioria absoluta, noutro dia estamos em queda, mas depois já estamos a recuperar. Só temos o resultado no próximo domingo”.

A recuperar está o PSD que sobe nas intenções para 26,1%, de acordo com a sondagem da Intercampus. Os social-democratas conseguem 77 mandatos, o que faz do partido de Rui Rio aquele que mais subiu face ao inquérito de setembro (mais 2,5 pontos percentuais), mas ainda muito aquém dos 89 deputados que tem atualmente na Assembleia da República.

Já o CDS reúne 4,5% das intenções de voto, elegendo sete deputados, mas o PAN aparece à frente do CDS-PP com nove mandatos (5,6% das intenções de voto). A par do PSD é o único partido que sobe nas sondagens.

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